YUNGBLUD no Campo Pequeno: Há vida em Marte

YUNGBLUD no Campo Pequeno: Há vida em Marte

O cantautor britânico YUNGBLUD veio pela primeira vez a Portugal, ao Campo Pequeno, em Lisboa, para começar a tour europeia. Um artista de nicho, mas adorado pelos que o conhecem e que está envolto numa imagem de superestrela acessível que ele próprio cultiva.

O concerto começou com as Nova Twins, banda convidada para acompanhar a Life On Mars Tour Europe. Trata-se de uma dupla formada por Georgia South e Amy Love, amigas que se juntaram para criar uma banda de “punk urbano”.

Com muita energia e um estilo ousado, a dupla com sotaque britânico trouxe uma fusão de grime com punk para o Campo Pequeno, deixando no ar o ambiente ideal para começar este espetáculo.

As luzes baixam e a cortina levanta. O público começa a chamar pelo jovem YUNGBLUD. Designado por alguns como um artista de pós-punk, é muito difícil escolher em que “gaveta musical” queremos meter o inglês. Atua em Lisboa na mesma semana em que Mick Jagger, dos Rolling Stones, disse que YUNGBLUD é um dos artistas jovens que dão vida ao rock, juntamente com Machine Gun Kelly.

A música de YUNGBLUD está repleta de autocrítica e, apesar da persona e do visual punk, o inglês de Doncaster é um ‘role model’ para adolescentes, que marca pela positiva com a sua mensagem de passar o amor entre todos aqueles que o ouvem. Temas como a saúde mental e a identidade de género são recorrentes, por isso também é tão comum a bandeira LGBT nos espetáculos do inglês. Dá ainda o exemplo ao parar duas vezes a música Kill Somebody, ironicamente, porque pessoas diferentes desmaiaram na plateia em pé.

Adam Warrington na guitarra, Ben Sharp na bateria ajudam Dominic Harrison, YUNGBLUD, vestido de gala. Tocaram-se músicas dos dois álbuns anteriores, weird! e 21st Century Liability, e ficou ainda no ar a promessa de um 3.º álbum ainda este ano.

A felicidade nos movimentos de YUNGBLUD é aparente. A emoção de estar em palco é contagiante. Temos ainda a jogada clássica de entre músicas dizer “obrigado” em português, conquistando o público, mesmo que não fosse necessário. Quando entra o primeiro acorde de I Love You, Will You Marry Me, o público canta tão alto que YUNGBLUD fica assoberbado e tem de recomeçar.

Muito perto do fim temos uma mensagem para o presidente russo, “F*ck Putin”, enquanto o público fazia um moshpit. Ainda antes de sair do palco, YUNGBLUD pede ao público para ir para o lado de fora do Campo Pequeno que ele já iria lá ter. Passados 10 minutos, aparece Yungblud em cima de uma grua na parte de trás da praça de touros, para agradecer aos fãs que foram a este concerto.

Tomás Lampreia  

O Tomás gosta de ler, escrever, ouvir e ver. Tem 19 anos e é estudante de Jornalismo, na Escola Superior de Comunicação Social. Sonha ser tudo, mas ainda não é nada.


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