21 Jul 2016 a 24 Jul 2016

Querida, foi um Ho99o9!! (Algo que nunca ouvirás no Milhões!) – Reportagem no dia 24

Querida, foi um Ho99o9!! (Algo que nunca ouvirás no Milhões!) - Reportagem no dia 24

Chegou ao fim mais uma edição do Milhões de Festa. No entanto, a atmosfera que se sentiu durante o dia não foi de algo que chegava ao fim, mas de continuidade: “Onde fica a tenda para o ano?”

Ao alvoroço da piscina, as lutas de bolas insufláveis foram acompanhadas pelo som de Ghost Hunt, Tomaga, Barrio Lindo e o mítico The Legendary Tigerman, desta vez em versão “DJ Set”. Já de dedos enrugados pela água, os festivaleiros deram o tudo por tudo para fazer do último dia um dia em grande, e aproveitaram todas as atuações até à “hora da janta”, já o palco Taina dava tudo do outro lado da grade.

LegendaryTigermanDJ7@MF16-2016-IMG_0831 Vê aqui todas as fotos de The Legendary Tigerman em DJ Set no Milhões de Festa

Primeiro com Qer Dier, depois My Expansive Awareness, Extraperlo, Orchestra Elastique e já mítica “Rádio Popular” que, fora a timidez, não deixa um verdadeiro tuga indiferente. Se há paleta de cores e géneros completa é a do Milhões, basta escolher o tom, se existe, passa por lá com certeza.

No Palco Milhões, tivemos Evil Blizzard a começar a noite com um “baile de máscaras” em família. Os britânicos, inicialmente sinistros e rockeiros indiferentes, mostraram-se bem acessíveis e sociáveis. No final do concerto, com meia plateia a ajudar à festa no palco, os instrumentos já eram tocados pelos próprios fans e adeptos do estilo pouco usual desta banda que gradualmente cativou a plateia.

EvilBlizzard@MF16-2016-IMG_2256 Vê aqui todas as fotos dos Evil Blizzard no Milhões de Festa

Por volta das 23h pisava o palco El Guincho, artista que regressa seis anos mais tarde aos palcos do festival que afirma ter bem perto do coração. Com um estilo bem diferente ao que o antecedia, os seus ritmos tropicais acompanhados da sua voz da “Gran Canaria” puseram o público a rodar toda a área da plateia. Super comunicativo, o artista encheu muito coração de quem o ouviu.

A última atuação do palco principal foi a de Dan Deacon, acompanhado na bateria pela incansável April, a levar a taça de interação com o público. Deram e exigiram show, puseram um ou outro ajudante em sentido, e do nada já todo o mundo dançava ferverosamente ao som eletrónico da voz de Dan e da batida infatigável de April. Insufláveis pelo ar, colorido, comunicativo e vibrante, assim se apresentou e despediu.

DanDeacon@MF16-2016-IMG_1161 Vê aqui todas as fotos de Dan Deacon no Milhões de Festa

Já no palco Lovers o ambiente em geral mostrou-se bem mais pesado, a começar com Part Chimp, com a malta a dar tudo no head banging, a escalar para Oozing Wound, que se seguiu, e ainda os Ho99o9 (lê-se Horror), que unem o hardcore e o hip hop para rebentar com tímpanos e consciências limitadas, a fazerem lembrar um cruzamento genial entre Bodycount e Rage Against The Machine. Absolutamente estrondosos e animados, deram o boost e a vontade de mosh foi imperdoavel. O melhor da noite, quiçá do festival.

A terminar Nídia Minaj, DJ que não se fica por um género bem definido como o techno ou house ou kuduro ou a junção destes, que nos trouxe os sons e misturas mais improváveis, pôs a malta a “partir pista” mesmo após a destruição dos concertos anteriores. Thumbs up para esta menina. A noite, no entanto, não terminava por aí: seguiam-se os DJs Yeah contava já o relógio as 5 da manhã, com alguns já regressando às tendas e outros aventuravam-se pela cidade à procura do after dos afters.

O Milhões é, para a maioria, de facto interminável e quem dele se despede é com a promessa de regresso. Este foi mais um ano de variedade e novidade na cidade de Barcelos, e são estas as qualidades que fazem deste festival não mais um, mas O TAL: onde todos se inserem porque há música para todos. Genialidade é o adjetivo que melhor o descreve e o excentricíssimo é sempre bem-vindo (e os fotógrafos agradecem).

Um até já.

Nota do Fotografo de Serviço: À excepção do palco Lovers, alguém se esqueceu de ligar a luz.

Ângela Afonso  

1,60m de aleatoriedade, inspirada por coisas e pessoas boas. Vive para as artes e as letras. A sua religião é a música e mora atrás da lente da câmara fotográfica. Minhota da cabeça aos pés e em tudo o que diz. (O mau feitio é mito)


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Mais sobre: Barrio Lindo, Dan Deacon, DJs Yeah, El Guincho, Evil Blizzard, Extraperlo, Ghost Hunt, Ho99o9, My Expansive Awareness, Nidia Minaj, Oozing Wound, Orchestra Elastique, Part Chimp, Qer Dier, The Legendary Tigerman, Tomaga


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