Dino é de Santiago, é de Lisboa e é de todos nós – A rendição no Super Bock em Stock
A noite de 24 de Novembro foi uma sublime celebração de como Lisboa é maravilhosamente crioula. A Casa do Alentejo encheu-se com o calor cabo-verdiano e viajámos para a ilha de Santiago guiados por um dos seus maiores embaixadores atuais, Dino D’Santiago.
Mundu Nôbu, álbum 80% cantado em crioulo cabo-verdiano, e bem assente no top de vendas português, foi o carro-chefe para a atuação de Dino D’Santiago no Super Bock em Stock.
Nos Funana, Nova Lisboa ou mesmo temas recuperados do álbum Eva como Pensa na Ôji ou Nos Tradison foram entoados numa sala que se revelou pequena demais para todos os que queriam estar presentes. Pelo caminho não faltou uma pequena escala nos tempos de Dino em colaboração com os Expensive Soul com Eu Não Sei.
Para muitos ouvir Dino significa relembrar a morna, o batuque ou o funaná di nôs terra. Para muitos outros ouvir Dino é viajar até Cabo Verde mesmo sem nunca ter pisado esse cantinho africano.
A história de Dino inspira-nos para a urgência de reconhecer e valorizar as nossas origens, de manter os amigos por perto e replicar o amor pela nossa família.
Como bem se quer numa festa cabo-verdiana, houve ferrinho, arriscaram-se uns passos de funaná, suou-se em bica e saiu-se de sorriso estampado na cara. Impossível não sentir o abraço caloroso de Dino.