13 Jul 2017 a 15 Jul 2017

Super SILVA, Super Taxiwars, Super Deftones – 3º dia de SBSR 2017

Super SILVA, Super Taxiwars, Super Deftones - 3º dia de SBSR 2017

Estivemos à conversa com Paulo Lázaro, da SBSR.fm no sentido de perspectivar como seria o último dia desta 23ª edição de festival. Para o Paulo, tal como para muitos dos festivaleiros presentes, o palco EDP revelou-se o preferido. Ainda assim, a olhar para o dress code de muitos, a noite seria dos Deftones e a festa teve dois nomes: Fatboy e Slim.

No que a sol e a calor diz respeito, o último dia de SBSR foi igual aos anteriores. Já o cartaz, esse, prometia diversidade. Houve um pouco de tudo, para diferentes gostos. De tal forma que essa diversidade se manifestava, até, na forma como as tribos passeavam pelo Parque das Nações. Havia muita gente trajada de negro, com t-shirts dos Deftones, bem como purpurinas e looks mais trendy. Mas todos se deliciaram com os gelados que eram oferecidos a cada esquina, independentemente da tribo ou da banda que os levou a marcar presença neste sábado.

 

SILVA e Taxiwars: palco EDP a iluminar a tarde de sábado

Para quem estava à espera de um concerto inteiramente dedicado ao trabalho Silva canta Marisa Monte, a surpresa foi muito agradável. SILVA resgatou músicas de outros trabalhos e refrescou a tarde com a sua simplicidade, procurando constantemente o contacto com o público. O brasileiro fez-se acompanhar por três músicas e por um sorriso franco, aberto e capaz de derreter corações.

Conhecemos Tom Barman dos dEUS – e sabemos que há vida para lá desta banda. Em palco, Tom assume uma postura descontraída e charmosa q.b. É evidente o gozo que os Taxiwars têm ao tocar para o público. Há ali jazz, há ali rock – há ali música em bom, daquela que se recomenda. Para quando o regresso?

 

Entre Foster The People e James Vincent McMorrow

Mark Foster, Cubbie Fink e Mark Pontius são mais conhecidos por Foster The People e tiveram honras de cartaz, neste último dia de SBSR. Torches e Supermodel são os álbuns que os norte-americanos trazem consigo. Mark confessou o seu agrado por estar em Portugal e, sobretudo, por estar a tocar ao vivo, uma vez que têm passado muito tempo em estúdio. Os fãs aguardam o seu mais recente trabalho, que sairá em 2017 e cujo nome é Sacred Hearts Club. Pumped Up Kids, um dos temas mais conhecidos da banda, despertou um coro intenso, num MEO Arena onde se circulava sem qualquer tipo de problemas ou constrangimentos.

Folk, R&B, hip hop: é difícil colocar um rótulo na música do irlandês James Vincent McMorrow. A presença no SBSR marca a sua estreia em Portugal. Traz consigo dois álbuns: Early in the morning (2010) e Post Tropical (2014). À sua espera estava uma plateia bem composta, que, mais uma vez, escolheu este palco ao invés do Super Bock. As fotos aqui.

 

Deftones ou era uma vez um concerto que “sim, senhor”

Houve quem se queixasse do som, durante o concerto. Confessamos que o facto de nos deslocarmos, de palco em palco, protegidos por tampões para os ouvidos, têm sido uma boa opção. Além da evidente protecção auditiva, estamos mais disponíveis para usufruir do concerto em si. Aconteceu com os Deftones, a banda que levou ao MEO Arena uma legião de fãs cuja adolescência foi vivida entre álbuns como Around the Fur ou White Pony.

O palco Super Bock não encheu; convenhamos que não foi isso que impediu Chico Moreno e companhia de proporcionar aos presentes um concerto inesquecível: a entrega foi total, com a presença constante de Moreno junto aos fãs que há muito aguardavam pela banda, junto às grades. Passaram sete anos desde a sua última visita ao nosso país e as saudades eram mais do que muitas. Houve lugar a mosh pit: durante uma hora e picos, no MEO Arena, os fãs celebraram uma banda que já conta praticamente 30 anos de vida. Ah! E o jogo de luzes? Para arquivar em “impecável”. *

 

Vai ser tão bom, não foi vai?

Enquanto Fatboy Slim fazia a festa no MEO Arena, depois das 00h00, voltámos a falar com Paulo Lázaro. Confirmámos a qualidade dos concertos do palco EDP, com destaque para SILVA e Taxiwars. O Paulo não falhou Bruno Pernadas, que deu o pontapé de saída deste dia.

Quanto a nós [equipa musicfest.pt] este foi um festival de escolhas difíceis, em termos de cobertura. Afinal, havia quatro palcos com muita coisa boa a acontecer.

Houve de tudo um pouco: o SBSR 2017 apresentou-nos um cartaz onde a diversidade foi a palavra de ordem. Houve rock, pop, hip hop, indie – e gelados? Já falámos aqui dos gelados? Em suma, tivemos os Red Hot Chili Peppers a encher o MEO Arena, o Slow J a colher os frutos do bom trabalho que tem vindo a partilhar com o público, os Deftones emocionados pelo regresso a Portugal e a possibilidade de conhecer uma promissora Jessie Reyez. Repetimos: houve mais, muito mais. E estes três dias passaram, literalmente, a correr.

O SBSR volta em 2018, nos dias 19, 20 e 21 de Julho. Até lá!

* Nota de redacção: Por opção dos artistas não nos foi possível fazer registo fotográfico do concerto dos Deftones

Joana Rita  

Joana Rita é filósofa, criadora de conteúdos, formadora e investigadora. Ah! E uma besta muito sensível.


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Mais sobre: Fatboy Slim, James Vincent McMorrow, Seu Jorge, SILVA, TaxiWars


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