Status Quo: este concerto não é para velhos

Status Quo: este concerto não é para velhos

Os Status Quo regressaram sábado a Portugal para um concerto esperado há 30 anos. O público, com mais idade, respondeu à chamada.

Quem seria o público que estaria esta noite a aplaudir os Status Quo? Esse pensamento invadia-me enquanto caminhava para o Campo Pequeno, em Lisboa, para o meu primeiro grande concerto de outono (o último grande do verão, tendo em conta o muito calor que voltou a estar neste sábado, mesmo que o calendário diga que já não estamos neta estação).

A casa não estava cheia mas os fãs que lá estavam fizeram a festa e a inveja de quem optou por ficar em casa. Foram eles que começaram a gritar e a aplaudir numa bem generosa e animada fila da frente que acompanhou o arrancar de noite com Caroline, tema que abria o lado B do álbum Hello, de 1973 que, curiosamente, tinha do outro lado uma canção para outra senhora – Claudie.

Seguiu-se Something ‘bout You Baby I Like, Rain e uma das primeiras brincadeiras com o público. Francis Rossi tira o colete, com ar maroto e diz que tem a barriga maior desde o jantar de ontem já em Portugal. E agradece muito e sinceramente o público que foi até ao Campo Pequeno para os ver.

Formados em 1967, os Status Quo entraram no Livro do Guiness, com a realização de quatro concertos em apenas 11 horas e 11 minutos, no evento “Rock ‘Til You Drop” na Sheffiel Arena, Glasgow SE & CC, Birmingham NEC e na Wembley Arena. O som puro das guitarras, que sempre estiveram presentes nos grandes êxitos e marcaram a música rock, é comprovado nos 43 álbuns gravados (27 de estúdio, 11 compilações e cinco ao vivo), nos mais de seis mil concertos e nas mais de 118 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Atualmente a banda é composta por Francis Rossi (guitarra e voz), Andy Bown (teclado), John “Rhino” Edwards (baixo), Richie Malone (guitarra) e Leon Cave (bateria). Excitação em boas doses, muitas calças de ganga e algumas t-shirts da banda viam-se entre os fãs.

Se é para fazer rock não há cá sonoridades acústicas. Há rock puro e duro com riffs a condizer com o estatuto de “classic rockers” que outrora alcançaram.

Vem, entretanto, um medley composto por What You’re Proposing para começar. Os Status Quo escalam o palco energicamente, com um sorriso atrevido no rosto. As melodias de rock com aquela influência tão característica dos anos 80, enchem o Campo Pequeno com a ainda poderosa voz de Rossi. Os fãs que estão na fila da frente curtem como ninguém.

A dada altura Andy Bown deixa as teclas para também pegar numa guitarra (agora são três mais o baixo) e geram-se momentos de espetacular intimismo entre eles.

Acalmamos com In The Army Now do álbum homónimo, de 1986, e o famoso hino é seguido pelo otimista Roll Over Lay Down e Down Down.

A banda segue, sempre enérgica, garantindo que a multidão está a vibrar com uma tonelada de energia boa.

Algumas músicas são esperadas, como Whatever You Want e Rockin’ All Over The World que fecham o concerto propriamente dito.

Ninguém pode deixar de dançar ao longo deste último set, lançando os punhos no ar ao ritmo acelerado e divertido que as canções pedem.

Para o momento pré-adeus ficaram Don’t Waste My Time e Bye Bye Johnny, original de Chuck Berry.

Francis Rossi está em grande forma, fazendo alguma brincadeira com a multidão entre as músicas. Toda a banda está unida e a dar um grande concerto de rock que vale a pena ver.


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