Que Sol, Caparica! A reportagem no segundo dia do festival da Costa.
A temperatura esteve em altas, a casa cheia e esgotada. O segundo dia d´O Sol da Caparica recebeu não só artistas de peso, mas também o surf, o skate e a dança.
Cai a noite, vem a música. Durante três dias a Caparica enche-se de festa, sorrisos e concertos, actividades para toda a família, que marcam o pico do Verão e as férias para muitos. A abertura das portas contou com muita gente, principalmente com os mais jovens, que se identificam com a nova leva musical portuguesa. No cartaz, temos vários nomes de peso.
Reina a ideia da importância que é dada à lusofonia, independentemente de ser Hip Hop, Rap, Rock ou Fado. É um festival para todos os gostos e para todos os artistas que falem em boa língua portuguesa.
A tarde entrou a matar com o concerto de Bispo. As fãs estavam no seu paraíso. O jovem artista, com cada vez mais presença no panorama nacional, move uma legião assídua de fãs que gritam por ele, que sabem as letras de cor e que o querem levar para casa. Nas suas palavras, não pode estar mais agradecido pelo que já conquistou e sonha já com os passos seguintes. Com o movimento 2725 fizeram-se ouvir os temas Como Deus Quiser e Puto Stong, unificando as vozes num momento que se sente.
Foram precisos mais de 50 anos de carreira para Carlos do Carmo se estrear num festival de Verão. E que estreia. Um desafio que o artista sente que faltava ao seu percurso. Com o cair da noite e ainda com o calor a fazer-se sentir, o Palco SIC / RFM abriu novamente portas à típica canção portuguesa e os corações encheram-se para ouvir a voz já tão conhecida deste fadista. Bairro Alto, Lisboa Menina e Moça e Estrela da Tarde foram apenas alguns dos temas de um vasto reportório. Um cantar para as pessoas, porque “o Fado é amor”. Destaque para a roupagem mais pop a roçar a electrónica de Canoas do Tejo e Lisboa Menina e Moça em que um teclado, uma bateria e um baixo entram em cena.
Mas com o cair da noite a febre Djodje espalhou-se. Tudo tirou o pé do chão, tal como o jovem artista pediu. Os ritmos quentes e o Kizomba são com ele. Quase sem palavras, o artista adianta: “Superou as minhas expectativas completamente. Casa cheia, completamente cheia. A única forma de agradecer é continuar a fazer música e dar o meu melhor”. O palco Blitz encheu-se de cor e ritmo para ouvir Namora Comigo, La Ki Nos É Bom e Uma Chance.
Também neste palco tivemos Virgul e as suas bailarinas, brilhantes e com curtas roupas. Um espetáculo quente que transpira festa e verão. O artista sente-se em casa e por isso torna-se ainda mais especial actuar neste local. Rainha, Só Eu Sei, I Need this Girl, por onde escolher?! Uma performance que também contou com a participação de Janelo da Costa, dos Kussondulola, para que nada falte. Os sons intemporais de Da Weasel também foram representados neste espetáculo, num dia em que Carlão também actuou.
Desta vez a solo, Carlão, antigo vocalista dos Da Weasel, convidou Manel Cruz para com ele interpretar Casa.
O vocalista dos Ornato Violeta não pôde deixar de vestir a camisola “Da Weasel Crew”, frase que tinha bordada nas costas do seu polo.
Os Tais e Agulha no Palheiro continuam a ser os temas a solo do artista que metem todos a vibrar.
A noite não podia terminar mais em peso do que com as lendas vivas que são os Xutos & Pontapés. Um espetáculo com uma aposta fortíssima em cenários, como já é costume, e um show bem recheado preparado para o Sol da Caparica. Houve tempo para passar por todos os temas, desde os mais antigos como Dá um Mergulho no Mar até aos mais populares como Ai Se Ele Cai.
Um concerto Rock ‘n’ Roll sempre a abrir que terminou com um encore mais acústico e ainda um segundo encore, muito especial, com Para Sempre. Apesar de pouco expectável, não deixou de ser intenso como os Xutos sempre bem nos habituaram.
Passaram ainda pelos dois palcos da Caparica Holly Hood, António Zambujo, Dealema, Mafalda Veiga e Pete tha Zouk que fechou a noite em festa.