20 Jul 2017 a 23 Jul 2017

Os Graveyard chegaram, tudo a sair do buraco para o Milhões!

Os Graveyard chegaram, tudo a sair do buraco para o Milhões!

Nasceu um novo dia e é mais um dia “milhionário”. Em Barcelos a festa continua e ontem foi um dia em cheio. Literalmente, o dia mais movimentado do milhões até à data, a presença de Graveyard no line-up é sem dúvida a explicação. No entanto até à atuação desta banda muita música correu.

A adesão aos mergulhos na piscina foi maior, mostrando-se a maioria dos festivaleiros desiludido com a falta de bóias, mas sem deixar de fazer a festa.

Os primeiros a atuar no palco Red Bull Music Academy foram os MQNQ (MMMOOONNNOOO & Quim Albergaria), num estilo bem diferente do dia anterior a bateria foi o instrumento que dominou o palco da piscina de um modo geral.

Seguiram-se O Bom, o Mau e o Azevedo e MVRIA + Supa e para um final de tarde em grande os Sly & The Family Drone que, mesmo antes de entrarem em palco, tinham sido aplaudidos enquanto carregavam os instrumentos para o backstage. Na altura da sua performance, já tinham atraído quase a totalidade do público que se encontrava na piscina para um circulo à volta da bateria montada na relva. A euforia efervescente da bateria, acompanhada pelas distorções eletrónicas, quase histéricas, puseram os festivaleiros ao rubro. Foi mais uma das boas surpresas a que o Milhões nos habituou, mas das quais nunca se está à espera.

Para quem não quis ficar até tão tarde na piscina, o Palco Taina preparou também um final de tarde bem composto variando entre o hip-hop de Mweslee, o pop vanguardista de BFlecha, ainda os blues, punk de Brutal Blues e o rock de RATERE. Para quem tem um paladar apurado para a diversidade e mistura de géneros foi um dia bem docinho.

Doce, talvez a fugir para o explosivo, foi também a performance de Yussef Dayes, que nos apresentou Black Focus, um mix de funk, eletrónica e jazz: três músicos virtuosos como que brincavam em palco e os instrumentos pareciam ganhar vida própria. A atuação contou com um solo arrebatador e uma quantidade de talento e simplicidade exuberantes. Foram os primeiros a tocar no palco Milhões e a começar a segunda noite de festival em grande.

No Lovers & Lollipop, Cave Story + Duquesa + Ra-Fa-El, mais uma colaboração de bandas portuguesas que fizeram as maravilhas, tanto dos locais, como daqueles que vieram de um pouco mais longe para aproveitar, não só mas também, o que de melhor se faz pelo Norte.

Mas a banda realmente mais esperada do dia era Graveyard. Não foi a primeira vez que passaram pelo Milhões de Festa, mas foi um regresso que soube especialmente bem após o anúncio de que iriam terminar. Para felicidade de muitos, esta não foi uma decisão vitalícia. Tocaram oldies e goldies. Êxitos como Uncomfortably Numb, Slow Motion Countdown e Ain’t fit to Live Here foram acompanhados pelos eufóricos festivaleiros a alto e bom som. A maior surpresa foi mesmo a performance de Stay for a Song uma música que foge do stoner rock e do reportório usual da banda, mas que tornou o ambiente rockeiro num de proximidade com o público, acima de tudo. Em geral, artistas super acessíveis e um concerto que superou as expectativas.

A noite continuou com as performances de Sex Swing, uma espécie de caos sónico distorcido (a quebrar com o stoner de Graveyard como só no Milhões acontece), os Janka Nabay & The Bubu Gang que fecharam com uma energia interminável o palco Milhões. Ainda Moor Mother, Yves Tumor e a encerrar a noite o DJ Katapila no palco Lovers.

Quando faltava ainda um dia para o festival terminar, a energia no ar era de “venha ele”.

Ângela Afonso  

1,60m de aleatoriedade, inspirada por coisas e pessoas boas. Vive para as artes e as letras. A sua religião é a música e mora atrás da lente da câmara fotográfica. Minhota da cabeça aos pés e em tudo o que diz. (O mau feitio é mito)


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