17 Ago 2016 a 20 Ago 2016

E eis-nos chegados ao Couraíso – o primeiro dia no Vodafone Paredes de Coura

E eis-nos chegados ao Couraíso - o primeiro dia no Vodafone Paredes de Coura

Dizem que Paredes de Coura sem chuva não é Paredes de Coura. Há que estar preparado para tudo: na mala trazemos o biquini, os chinelos de enfiar no dedo e também as botas e o impermeável. Partimos de Lisboa antes das 9h, com almoço combinado pelas 12h30 em Braga. O motivo? Passagem do testemunho do nosso repórter presente no Festival Vodafone Paredes de Coura 2014 e 2015, o Pedro Gama, para esta vossa humilde equipa: Joana Rita e Marco Almeida.

Esta é a 24ª edição do Festival que já está marcado no coUração de muitos, sobretudo daqueles que, ano após ano, rumam até à vila para viver um espírito que, consta, não se encontra em mais lado nenhum. Porquê? O cenário natural no qual o Festival acontece será certamente um dos argumentos de peso para preferir este a outro dos inúmeros festivais que acontecem durante o verão, em Portugal. Conta ainda, como argumento, a qualidade do campismo onde, segundo o Pedro Gama, por vezes até há água bem quente: “além disso encontras aqui todas as tribos: gótico, grunge, punk… andam todos pelo festival.” Entre uma garfada e outra na francesinha, o Pedro sublinhou, ainda, as Vodafone Music Sessions, concertos secretos, apenas para alguns festivaleiros, que acontecem aqui e ali, algures por Paredes de Coura – o pontapé de saída destes concertos foi dado pelos Best Youth que tocaram na fábrica da FLY London.

O primeiro concerto do dia estava agendado para as 20h – e assim aconteceu. Os We Trust ft Coura All Stars apresentaram o resultado de um trabalho em residência artística, que aconteceu desde Abril até à data. Eram mais de cem os artistas, miúdos e graúdos, no palco Vodafone. O projecto liderado por André Tentugal brindou o público com temas já conhecidos. Antes de Time (better not stop) André anunciou ao público presente que o projecto iria conhecer um momento de paragem. “Este local é muito especial para nós, há uns anos demos ali, naquele palco, um concerto que nos marcou muito”, disse André, apontando para o palco secundário e fazendo uma viagem no tempo até 2011.

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Antes deste concerto tivemos oportunidade de passear pelo recinto e de confirmar o encanto do cenário natural. É realmente inigualável, refrescante e… fresquinho, quando o sol se põe. É nesta altura que a camisola com capuz assume o seu papel principal.

Pelas 21h15 subiram ao palco os Best Youth. Abriram o concerto com Black Eyes. O alinhamento contou, ainda, com Red Diamond e In the shade. Já não os encontrávamos, em palco, desde o Vodafone Mexefest 2015. Os britânicos Minor Victories foram os senhores que se seguiram. A banda foi formada em 2015 e conta com Justin Lockey (Editors), Rachel Goswell (Slowdive), Stuart Braithwaite (Mogwai), e James Lockey (irmão de Justin). A Hundred Ropes foi o single que foi dado a conhecer no início deste ano. O álbum chegou em Junho e fez eco no Paredes de Coura.

Ruban Nielson, Julien Ehrlich, Julien Enrlich, Jake Portrait, Jacob Portrait – mais conhecidos por Unknown Mortal Orchestra surgiram em 2011, com um álbum homónimo. No ano passado estiveram em Portugal, num outro festival de verão e em concertos em nome próprio, em Novembro. Tiveram oportunidade de apresentar Multi love e de namorar os fãs portugueses. Estes vibraram com temas como So good at being in trouble, Multi love e Can’t keep checking my phone

É sempre um gosto ver os Orelha Negra em palco – e este ano temos sido uns sortudos, pois em poucas semanas é já a terceira vez que estamos na presença do colectivo composto por Samuel Mira, Fred Ferreira, Dj Cruzfader, Francisco Rebelo e João Gomes. Orelha Negra são capazes de transformar o passado e reinventar o futuro de uma forma muito idiossincrática. Tivemos o prazer de conversar com a banda, numa curta entrevista que iremos disponibilizar em breve. Francisco assumiu a responsabilidade: “Não é todos os dias que se fecha um palco principal em Paredes de Coura”. Nós acrescentamos: e um grande prazer. Ah, e o concerto? Esse, vai direitinho para a gaveta dos concertos que nunca desiludem.

O regresso à Pousada da Juventude de Vila Nova de Cerveira, local onde decidimos pernoitar, incluiu uma caminhada revigorante até ao carro e algumas curvas e contra-curvas, já em estrada.

O segundo dia do Festival reserva-nos um dia em cheio, que começa às 13h e só termina para lá das 3h. Para que não percas nada, consulta AQUI os horários.

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Joana Rita  

Joana Rita é filósofa, criadora de conteúdos, formadora e investigadora. Ah! E uma besta muito sensível.


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Mais sobre: Best Youth, Minor Victories, Unknown Mortal Orchestra, We Trust


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