Alter Bridge sempre bem recebidos no Coliseu dos Recreios de Lisboa

Alter Bridge sempre bem recebidos no Coliseu dos Recreios de Lisboa

A banda de hard rock andou pelas Américas e pela Europa em digressão. A 29 de outubro foi a vez do Coliseu dos Recreios de Lisboa os receber.

Passou-se mais um mês recheado de boas opções para os melómanos que habitam a capital. Coube aos americanos Alter Bridge brindarem-nos com uma noite de doce nostalgia no Coliseu, a relembrar que o hard rock com uma pitadinha de grunge ainda tem lugar nos grandes palcos. A tour de apresentação do seu mais recente trabalho, The Last Hero, passou por Lisboa no passado dia 29 de Outubro, com As Lions como banda de apoio e os fãs portugueses como companhia ideal.

Tal como tem acontecido com outros eventos no Coliseu dos Recreios, mesmo chegando meia hora antes já a fila apresentava um tamanho considerável e a entrada no recinto se previa morosa.

Ao entrar encontrámos os britânicos As Lions já em palco, bem como um público animado e algo ansioso, sobretudo pelo que se seguiria. Escusado será dizer que sobre Austin Dickinson, vocalista da banda, vai sempre pairar a sombra do seu nome, herdado do nosso mais que conhecido Bruce Dickinson, frontman dos Iron Maiden. Revelou-se mais do que à altura, tanto pelo seu registo vocal como pela facilidade com que criou momentos de entretenimento e genuína empatia com o público.

A banda aproveitou esta boleia para nos apresentar o seu primeiro álbum, Selfish Age, lançado este ano e embora ainda revelem algumas arestas para limar, o potencial e força de vontade para crescer são intermináveis. Houve tempo para alguma troca de galhardetes com os presentes, imitações de vozes de desenhos animados, bolhas de sabão e também para um momento algo especial, partilhado durante o tema World On Fire em que Austin pediu para que os fãs iluminassem o espaço apenas com a luz dos seus telemóveis.

Após um curto intervalo e já com o Coliseu dos Recreios bastante composto chegava o momento por que todos esperavam. Os Alter Bridge sobem ao palco, a presença de Myles Kennedy fez-se sentir e desde os primeiros acordes de The Other Side que tanto a banda como o público não tiveram descanso, pelos melhores motivos. Passados quatro anos da última visita deste quarteto a Portugal, num regresso ao mesmo local que anteriormente os acolheu, continua claro que os fãs portugueses lhes são fiéis, merecendo essa dedicação algum destaque por parte de Myles inúmeras vezes. Durante cerca de duas horas de concerto aconteceu de tudo um pouco.

Nunca esquecendo a forte presença do líder da banda, não podemos deixar de referir a performance irrepreensível dos restantes membros e instrumentos, com principal destaque para a guitarra e voz de Mark Tremonti. Temas como Come To Life, Shed My Skin e Blackbird fizeram com que o público e a banda se unissem numa só voz, In Loving Memory trouxe ao mesmo tempo sorrisos sinceros, abraços e algumas lágrimas, mas foi com Metalingus que se registou maior movimento na plateia, com os mais audazes a arriscarem abrir um pequeno mosh. Myles não se cansou de agradecer em nome de todos os elementos e confessar-se surpreso pela entrega dos presentes. Ainda em tom de retribuição a banda tocou o tema Words Darker Than Their Wings, que até à data só tinha sido tocado noutros dois concertos. Não podiam deixar de parte Open Your Eyes, que tão bem serviu de mote para um encore com muitos aplausos, refrões cantados a plenos pulmões e bandeiras personalizadas.

Uma noite que nos relembrou de que são feitos mais de dez anos de carreira… não só de bons músicos e bastante trabalho, mas também do apoio e dedicação dos fãs. Não nos iremos esquecer tão depressa.

 

Edição: Daniela Azevedo


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