Aguenta coração: afinal “A dor do cupido” veio para ficar
Foi pelas 23h do passado dia 5 de Dezembro que entrou no palco do Campo Pequeno, em Lisboa, o cantor Anselmo Ralph, para um concerto de abertura da sua tour A dor do cupido, em terras lusas. À sua espera estava um mar de gente que já tinha inundado o exterior daquela sala de espectáculos, durante cerca de hora e meia. Assistir ao concerto revelou-se numa espera envolta em alguma ansiedade – por parte do público – e alguma desorganização – por parte do staff do Campo Pequeno. Ultrapassadas as dificuldades logísticas, foi hora de dar voz ao cantor e à sua banda.
O Campo Pequeno esteve ao rubro, num concerto que durou perto de duas horas e durante o qual Paulo Junqueiro, director geral da Sony Portugal, entregou a Anselmo o seu primeiro disco de ouro em Portugal. Os portugueses já compraram mais de 7500 discos de Anselmo Ralph – e acreditamos que muitos deles tenham já dançado ao som do cantor angolano.
“Não me toca” foi, arriscamos a dizer, o momento da noite: é um dos seus grandes êxitos e tem sido replicado em muitas rádios portuguesas. Recordamos que Anselmo Ralph foi considerado o cantor angolano com mais sucesso na Europa; só em Portugal, faz parte do Top da RFM e já teve direito a actuação no mítico festival do Sudoeste, no verão passado.
Durante o concerto houve tempo ainda para uma homenagem a Nelson Mandela, cuja notícia da morte nos chegou precisamente nessa noite.
A tour portuguesa contou, ainda, com concertos no Pavilhão Rosa Mota (Porto), no Pavilhão Multidesportos (Coimbra) e Pavilhão do Farense (Faro). A dor do cupido percorreu o país de Norte a Sul. O fenómeno Anselmo Ralph veio para ficar: o seu último álbum confirma um artista que não nega as suas raízes e faz uso da batida da kizomba para falar de amor, de traição e de sedução.
E que atire a primeira pedra quem nunca bateu o pezinho e abanou a anca ao som do “Não me toca”.