19 Jul 2018 a 21 Jul 2018

I Dare You: to dance, to dream, to live – The xx, no SBSR

I Dare You: to dance, to dream, to live - The xx, no SBSR

Esta relação entre Portugal e The xx já dura desde 2010. A confirmação da sua presença nesta 24ª edição do SBSR aconteceu ainda em Dezembro do ano passado.

O trio britânico, Romy Madley Croft, Oliver David Sim e Jamie Smith tinham a subida ao palco da Altice Arena marcada para as 23h15. Chegaram cerca de dez minutos depois e foi a música I only have eyes for you  (The Flamingos) que revelou que o concerto estaria quase a começar. O público foi chegando para compor a plateia da Altice Arena. Lá fora, nos outros dois palcos aconteciam os concertos de The Vaccines e de Mirror People.

Com três músicos apenas se (pre)enche um palco

Dangerous foi a música escolhida pela banda, para o pontapé de saída deste que é o seu último concerto de uma tour que já conta com dois anos de estrada. Dois anos é muito tempo e em dois anos os músicos e a sua equipa viveram muita coisa.

Estamos em crer que este era um dos concertos mais aguardados da noite: durante o dia, vimos muitas pessoas com t-shirts da banda (mas também de Metallica, The Beatles e até de uma banda nova, a Levi’s cof cof cof).  The xx não desiludiram: a entrega aconteceu, de ambas as partes. Foi possível desfrutar, viajar, sonhar (escolham um verbo ao vosso gosto!)  ao som de temas como Crystalised, Sunset, I Dare You e Say Something Loving. São apenas três pessoas em palco, mas a verdade é que o palco soa como se estivesse cheio de músicos.

Romy tocou Performance, sem antes admitir ao público presente a importância que o tema tem para ela. Já Oliver dedicou Fiction à comunidade LGBT, tal como tem acontecido noutros concertos da tour. Jamie fez a sua “magia” durante todo o concerto, qual maestro que, com um movimento apenas, conduz uma orquestra ávida por dançar. Tal aconteceu com temas como Loud Places e On Hold. Do alinhamento fizeram parte temas como Islands, Infinity, VCR, Shelter, Intro e Angels.

Sussurros de vozes, cordas e electrónica

Desde 2009, com o single Crystalised, passando por Coexist e até 2017, com I See You, o caminho dos The xx é de crescimento e de maturidade. Menos tímidos, mas sempre capazes de proporcionar um ambiente de intimidade, onde todos podem entrar e viver o momento. Talvez não seja uma banda fácil, no sentido em que não se define num único estilo.

Os The xx são uma espécie de amigo super cool, com quem podemos estar em silêncio, sem grandes dramas. Há um entendimento fácil entre a banda e o público, ainda que a sua música dos seja difícil de rotular. E cada vez há mais projectos assim, que fogem aos rótulos, que abraçam diferentes linhas musicais. Talvez por isso consigam chegar a um público que tanto se emociona com um tributo a Zé Pedro, como vai querer dançar ao som de Justice.

Durante uma hora e pouco, Romy, Jamie e Oliver desafiaram-nos a dançar, a sonhar, a viver. “Andamos todos muito stressados”, disse o Oliver. Aproveitem o momento. Aceitam o desafio?

Joana Rita  

Joana Rita é filósofa, criadora de conteúdos, formadora e investigadora. Ah! E uma besta muito sensível.


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2 Comentários

  1. Ahmed Zeiny diz:

    Hi,
    My picture was taken in the xx super bock concert and is published here on the website, may I get the better resolution picture please?

    Thank you

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