The Legendary Tigerman apresenta vídeo oficial de “Motorcycle Boy”
THE LEGENDARY TIGERMAN apresenta vídeo oficial do mais recente single“Motorcycle Boy”, gravado no Japão e realizado por James F. Cotton & Masato Riesser. O vídeo que contou com estreia em cinema no Lisbon Motorcycle Film Fest no passado sábado (merecendo ovação de pé) e primeira mão mundial online em parceria com a Red Bull Worldwide, conta a história de antigos membros do gangue de motards japonês Bosozuku.
“Motorcycle Boy” foi ontem oficialmente lançado na Alemanha, Áustria, Suíça, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suécia, Noruega, Finlândia, e Dinamarca pela IMG (India Media Group). O tema faz parte de MISFIT, álbum editado a 19 de Janeiro, que não tem dado descanso a THE LEGENDARY TIGERMAN: acabado de chegar de uma tour de 18 datas por França, com passagem por Londres e que regressa agora a Portugal depois da primeira fase de concertos que começou com um concerto esgotado, no Lux.
Leia na íntegra o texto de Paulo Furtado sobre o novo vídeo de “Motorcycle Boy” e consulte em baixo a agenda de concertos.
Motorcycle Boy por THE LEGENDARY TIGERMAN
A canção Motorcycle Boy é, fundamentalmente, sobre lutar pelos nossos sonhos.
Ver o filme Juventude Inquieta (Rumble Fish, Francis Ford Coppola, 1983) quando tinha pouco mais de vinte anos, fez-me identificar de uma maneira estranha mas muito real com a universo do filme. Eu sentia a mesma raiva que o personagem Rusty James (Matt Dylon) sentia-me preso numa cidade pequena, sem sonhos e sem sítios para ir ou coisas para fazer, senão estar na rua, beber, lutar.
A imagem do Motorcycle Boy (Mickey Rourke), meio homem-meio deus, montado na sua Kawasaki GPZ 550, um gajo que te explica o sentido da vida por via de uma metáfora sobre dois peixes-guerreiros, um azul outro vermelho, e como o facto de estarem num aquário os obriga a lutar até à morte, foi tão forte que ainda hoje em dia me marca.
Era tudo o que eu queria ser. Estávamos todos destinados ao falhanço, mais valia falhar com estilo, certo?
Quando o James e o Masato (os realizadores) me enviaram as primeiras ideias para o filme, com tudo o que isso a envolvia, a ida a Tóquio, encontrar um gangue de antigos Bosozuku que estivessem dispostos a contar as suas memórias e histórias, prestar homenagem a essa vontade indomável de rolar na estrada montados em máquinas infernais, tudo me pareceu perfeito, tudo fazia sentido
As palavras e a a alma de Kohei Osawa, Kokoro Tanaka & Takayuki Kaneoya não podiam estar mais em sintonia com o espírito da minha canção, e com o meu tributo à personagem representada por Mickey Rourke em Rumble Fish.
A politicamente incorreta história dos Bosozuku é ímpar e parte fulcral da história do underground e cultura japoneses, uma espécie de estrela cadente que ardeu depressa e com intensidade demais, mas que ainda alimenta a nossa imaginação e os nossos sonhos de liberdade.
Não interessa se falhamos ou se caímos, o fundamental é tentarmos.
Fonte: Press Release