Super Bock Super Rock anuncia Charlotte Gainsbourg
Não há dúvidas de que o sucesso de Charlotte Gainsbourg se deve exclusivamente ao seu talento, mas há uma questão genética que não se deve menosprezar: quando se é filha de Jane Birkin e Serge Gainsbourg, difícil seria não nascer com a cabeça virada para a arte.
E a melhor descrição da cantora vem precisamente da mãe: olhar para Charlotte “é como contemplar as águas calmas de um lago sob o qual, de alguma maneira, se consegue antever um movimento de tumulto e agitação”. Charlotte é assim: somos embalados por uma aparente suavidade ao mesmo tempo que somos surpreendidos por uma tensão emocional só ao alcance dos melhores intérpretes.
Começou por se notabilizar como atriz, uma das melhores da sua geração, mas a música não chegou em segundo – esteve sempre presente no seu percurso, desde os 13 anos, altura em que gravou a sua estreia, “Charlotte For Ever”, um registo em que interpreta músicas escritas pelo pai. Os anos seguintes foram dedicados ao cinema, com prémios e papéis memoráveis, o que fez com que Charlotte só voltasse à música em 2001, quando interpretou “What It Feels Like for a Girl” de Madonna… A partir daí, a sua vontade fazer música começou a crescer cada vez mais e começou a preparar o disco “5:55”, que viria a sair em 2006, com letras de Jarvis Cocker e Neil Hannon. O público e a crítica ficaram sem dúvidas: estávamos diante de alguém com a sua própria voz, apesar de todas as referências. A experiência de “5:55” foi tão boa que Charlotte não demorou muito até regressar a estúdio, desta vez com a ajuda de Beck. O resultado foi “IRM”, o seu terceiro disco, editado em 2009. Recebeu mais elogios um pouco de todo o lado, viajou pela Europa a apresentar o disco e, entretanto, regressou ao cinema. “Confession of a Child of the Century” e “Nymphomaniac” são dois dos filmes que protagonizou nos últimos anos.
O seu regresso aos discos deu-se em 2017 com a edição de “Rest”. Charlotte Gainsbourg ofereceu-nos mais um punhado de canções adultas sobre a perda, a morte, o medo e toda uma série de conflitos intimistas. Este disco tem referências mais diversas do que qualquer outro da cantora, inclusive literárias (Sylvia Plath), e conta com as participações de Sebastián, Paul McCartney, Owen Pallet, Guy-Manuel de Homem-Christo, dos Daft Punk, entre muitos outros. É impossível resistir ao charme de canções como “Rest” ou “Deadly Valentine”, alguns dos temas que vão conquistar o coração do público português, no próximo Super Bock Super Rock. Charlotte atua dia 19 de julho, no Palco EDP.
Fonte: Press Release