SBSR: Programação completa do Palco Carlsberg
No Super Bock Super Rock ressoam muitos géneros, mesmo que a atitude rock seja sempre a protagonista. No Palco Carlsberg, situado na Sala Tejo do MEO Arena, a música ecoará em formato after-hours, para fazer vibrar os corpos, numa celebração de sons eletrónicos de diferentes estilos, por artistas de nomeada de Portugal e do resto do mundo. A completar a programação do Palco Carlsberg, as confirmações de RIOT, Moullinex, Batida – Uma Lata DJ Set, Daniel Haaksman, e Trikk.
RIOT é Rui Pité. Conhecido membro Buraka Som Sistema, começou como baterista numa banda de garagem e funda Cooltrain Crew, o mais antigo coletivo nacional de Jungle/Drum & Bass, em conjunto com João Barbosa (conhecido como Branko, também ele membro fundador dos Buraka). Apaixonado pelo drum & bass e a música eletrónica com ingredientes tropicais, encontra-se igualmente com o Zouk Bass, género musical baseado nas sonoridades zouk das Antilhas e da kizomba de África. Em 2014 edita pela Enchufada, com o EP “Originator”. Para além das noites “Fala Baixo”, sismos a abanarem o Cais de Sodré, tem actuado por geografias como Copenhaga, Ilhas Canárias, entre outros lugares. Dia 14 de julho é a vez de agitar o Super Bock Super Rock.
Moullinex é o projeto do viseense Luís Clara Gomes. Produtor, DJ, músico e dono da editora Discotexas, que fundou em 2006, com o cúmplice Xinobi, tem já dois discos de originais. O último chama-se “Elsewhere”, edição mais orgânica do que o trabalho de estreia, vem cheia de soul e funk do passado, com garage rock, MPB e psicadelismo à mistura, não faltando, claro, sintetizadores a soar a nostalgia. Em “Elsewhere” Moullinex assume as vocalizações, sendo protagonista total de um disco que, como em tudo o que toca, faz mexer o corpo e as emoções. A não perder, dia 15 de julho.
Também no dia 15 de julho, um filho do Porto, Trikk. Este jovem talento é um dos principais embaixadores do movimento underground da cidade Invicta. Depois de editar através de editoras como a Pets Recordings e a Man Make Music, e de ter feito remixes para a Hotflush Recordings, provou que é um dos nomes a reter a nível nacional. Neste momento encontra-se em Londres onde tem passado os seus dias a produzir house elaborado, rápido e lento, áspero e suave, tudo ao mesmo tempo. Jovem, corajoso e único, um talentoso membro do underground de hoje.
De Berlim, carregado de música, chega Daniel Haasksman. Como DJ, tem percorrido o mundo com sets onde mistura baile funk, house, trap, bubbling, kuduro, entre outros géneros. No entanto, revela muitas facetas: é dono da editora Man Recordings, um dos principais selos do género designado por Tropical Bass Music, tendo lançado, entre outros, nomes como Diplo, Schlachthofbronx, Crookers, Bert On Beats e artistas brasileiros como Deize Tigrona, João Brasil ou Marina Gasolina. Realiza semanalmente o programa “Luso FM“ na rádio pública alemã e escreve para várias publicações. Em 2004, com a compilação “Rio Baile Funk Favela Booty Beats” ofereceu ao mundo o som das favelas, criando o movimento sonoro “Baile Funk“. Editou recentemente “African Fabrics”, revelando o seu génio e capacidade de harmonizar uma miríade de estilos. Para dançar, no dia 16 de julho.
Batida – Uma Lata DJ Set é o projeto de Pedro Coquenão. Começou por ser um programa de rádio com o intuito de divulgar a mais inovadora e interessante música africana. Depressa cresceu para os melhores palcos do mundo como Glastonbury, Roskilde, Pitch, Lowlands ou Eurockéennes, apenas alguns exemplos de uma lista extensa. O ano passado, a revista de música francesa Les InRockuptibles, considerou o seu espetáculo um dos melhores de 2015. Já este ano, a dança faz-se com os mesmos ingredientes: África e contemporaneidade. Com os congoleses vencedores de um Grammy, Konono Nº1, editou “Konono No1 Meets Batida”. Como DJ, oferece sets vibrantes e únicos. Chega ao palco Carlsberg do Super Bock Super Rock no dia 16 de julho com Batida – Uma Lata DJ Set, um DJ Set especial que Pedro Coquenão descreve assim:
Tentei escolher o nome mais literal e auto explicativo possível, para não enganar ninguém. Não é um concerto. Nesta noite, sou um DJ com uma lata. A mesma que uso nos meus shows como instrumento, desta vez vai servir para misturar temas favoritos e brincar com alguns dos meus próprios temas e remisturas. Vai ser a primeira vez que me apresento assim. Sendo que habitualmente gosto de me fazer bem acompanhado e como tenho uma grande dificuldade em separar a palavra música da palavra dança, acho que não preciso de me explicar mais. Há que manter um certo mistério nestas coisas. Já disse que é a primeira vez que me apresento assim?
Fonte: Press Release Música no Coração