Rimar e remar pelo hip hop, junto ao Tejo – o 2º dia de SBSR 2017
E ao segundo dia, o SBSR deu-nos a conhecer Jessie Reyez, confirmou o artista genuíno que dá pelo nome de Slow J, fez-nos suspirar por London Grammar e levantar os braços no concerto de Future. Foi mais um dia de escolhas para a equipa musicfest.pt – e para todos aqueles que estiveram pelo Parque das Nações.
A vigésima terceira edição deste festival conhece novidades que vão para lá da música. A peça de Bordalo II revelou-se um dos muitos pontos de atracção para tirar mais uma selfie (ou duas). Mas vamos à música e àquilo que (ou)vimos neste SBSR.
Kiddo, The Art of Slowing Down & ALTAR
Jessie Reyez iluminou o palco EDP – e acreditem que o sol que por lá se sentia era mesmo muito. De sorriso aberto, postura descontraída, Jessie mostrou-se contente por estar em Portugal, pela primeira vez. Contou histórias, recordou que começou na música a fazer covers e honrou as suas raízes. A carreira da canadiana começou na internet, onde se foi tornando conhecida. Em 2017 edita o seu primeiro EP, de nome Kiddo. Estamos em crer que Jessie vai certamente dar que falar. Vê aqui as fotos.
Há um ano Slow J marcou presença neste festival, tímido e com a atitude de quem não acreditava muito no que lhe estava a acontecer. Regressou ao SBSR, com The Art of Slowing Down e a mesma atitude humilde. O concerto começou com Não me mintas, uma música de Rui Veloso. E foi o que bastou para muitas pessoas correrem até ao palco EDP. Este era um dos artistas mais esperados deste palco. Slow J colocou toda a gente a cantar o clássico Menina estás à janela. Arte, Casa, Às vezes, Cristalina e Pagar as Contas foram outros dos temas que não faltavam.
No palco Super Bock tocaram os The Gift, com um MEO Arena despido. ALTAR subiu ao palco e houve ainda tempo para tocar um clássico como Driving you slow. Antes disso, Big Fish deu o mote para alguns movimentos de dança. Quem já viu a banda de Alcobaça ao vivo sabe que a entrega de cada um dos músicos é total, independentemente de haver sala cheia ou não. E não foi diferente: Sónia e os rapazes que a acompanham estiveram presentes, a 100%, nesta noite em que o hip hop foi rei.
Cá fora os festivaleiros faziam fila para jantar e aproveitavam o que restava da luz do dia para tirar mais uma selfie perto da peça de Bordalo II. Na verdade, o espaço físico onde acontece o SBSR é todo ele de nível altamente instagramável.
London Grammar & Future
A voz de Hannah Reid era uma das mais aguardadas da noite. A Rita da Nova – a nossa convidada da rubrica Vai ser tão bom, não foi? – confessou-nos que o trio conhecido por London Grammar foi o motivo que a trouxe ao SBSR. Músicas como Strong fazem-nos suspirar e viajar para um sítio longínquo, à conta da interpretação cristalina de Hannah. Na verdade, até as covers que fazem nos convencem, como acontece com Nightcall. Este tema constituiu um dos mais bonitos momentos da noite, a par de Rooting for you ou da última música, Metal and Dust. Gostaríamos muito de voltar a ver esta banda, numa sala de espectáculos mais pequena e capaz de criar um ambiente intimista, condizente com a forma como este trio britânico se apresenta ao mundo. *
Future ocupou o lugar dos London Grammar, no palco Super Bock, pelas 00h00. O alinhamento foi longo e intenso, incluindo temas como Draco, Wicked e Low Life. O rapper norte-americano soube comunicar com o público e não deu descanso a quem se entregou, de corpo e alma, a este concerto. As opiniões não foram unânimes e a verdade é que a plateia do MEO Arena estava composta, mas nada mais do que isso.
Em suma: o segundo dia do festival valeu pela descoberta chamada Jessie Reyez e pelo concerto de Slow J. Foi um dia em que o público que se deslocou ali mesmo, à beira Tejo, rimou e remou ao som, sobretudo, de hip hop.
O dia 15 de Julho, sábado, traz consigo mais sol, calor e Foster the People, Fatboy Slim, Seu Jorge e Taxiwars no cartaz. Para que não percas nada, consulta aqui os horários.
* Nota de redacção: Por opção dos artistas não nos foi possível fazer registo fotográfico do concerto de London Grammar