O trap, o house e o jazz de Masego encheram o Capitólio no Super Bock em Stock
A noite de 23 de Novembro marcou a estreia de Micah Davis, mais conhecido por Masego, em palcos nacionais. Com um Capitólio a rebentar pelas costuras bem antes do início do concerto, e com uma fila de almas esperançosas que esperaram até ao último minuto por uma oportunidade de entrar, o público estava conquistado ao fim do primeiro tema.
O Cineteatro Capitólio, voltou a ser o palco chefe do hip-hop no festival Super Bock em Stock pelo que não surpreendeu que tenha sido o palco escolhido para receber os fãs de Masego.
Geralmente não esperamos um artista jazz completo quando nos deparamos com um tipo de tranças, óculos de sol, hoodie amarelo e calças largas em palco (afinal a mala tinha ficado perdida algures entre aviões). Aliás, de Masego podemos habituar-nos a esperar sempre algo extra.
Além de saxofonista Masego é cantor, é rapper, e ainda que vocalmente bastante capaz, destaca-se pela sua capacidade de misturar e harmonizar jazz, soul, R&B e qualquer outro género que lhe passe pela mente com uma mestria sublime. Talvez por isso tenha achado justificado criar um novo género musical o qual apelidou de “Trap House Jazz”.
O súbito interesse em massa no músico jamaicano-americano de 25 anos, não poderia estar associado a um fator causal mais contemporâneo. Afinal de contas o vídeo de Tadow, colaboração com o francês FKJ, virou um fenómeno de streaming no Youtube e conta com mais de 73 milhões de visualizações.
Tadow foi, sem surpresas, o ponto alto do concerto, mas temas como Navajo, Lady Lady ou Old Age provaram que o público teve tempo de conhecer o seu trabalho.
Muito próximo do público, Masego chegou, cumpriu, improvisou e conquistou. Esperemos que tenha encontrado a sua sugar momma por Lisboa.