Noite de Rock acaba em Rap – O 2º dia do Quintanilha Rock
Dia 2 do Quintanilha Rock, a começar na hora do almoço, ainda que tardia, que a noite anterior fora devastadora para muitos dos festivaleiros. O almoço é comunitário, como se de uma cantina se tratasse, mas come-se bem, mesmo bem, neste festival. E o corpo agradece, que as energias bem precisam ser repostas para o que ai vem.
Tudo começa na baia improvisada do rio Maçãs, na sua praia fluvial. O palco Factory Play serve de base para Zezinho My Love dar banda sonora veraneante aos banhistas. Sons chill-out para aproveitar o sol e o rio, enquanto não chega a hora de jantar. Secundado por Márcio, um outro DJ a continuar na mesma toada, que o por do sol assim pedia.
Depois de jantar, o palco principal foi assolado por Rock. Iniciam a tempestade sonora os Eat Bear, do Porto, com um garage bem rasgado, apoiados por um guitarrista muito inspirado, e com um bom set de canções que mostram já uma certa rodagem da banda ao vivo. A seguir nos próximos tempos.
Surgem a seguir os The Lazy Faithful, também do Porto, com um rock mais leve, com toadas psicadélicas e de “Surfer” rock, mas ainda assim a fazer levantar a poeira do recinto. Um vocalista de robe de banho branco como fashion statment, num set de boas canções e muita interacção com o publico.
Voltando aos sons mais pesados, os já nossos conhecidos Killimanjaro, de Barcelos, de volta a uma casa onde foram felizes. O rock no seu estado mais puro, duro e enérgico é o negocio deste trio, que não demorou a ter correspondente mosh pitt. A abrir do principio ao fim, ficamos cansados só de ver, que o vocalista e guitarrista nunca desceu do máximo de energia o concerto inteiro.
Seguiram-se os britânicos FlamingGods, uma caixinha de surpresas na sua constante mudança de funções e instrumentos. Tribal, rock, uma pitada de insanidade, uma imagem que marca pela irreverencia no vestir e no som. Sem parar, somos transportados para Istambul, Tokio, Belgrado, Karachi. World Music para dançar, mas com uma batida forte, distorção e electronica. Muito bom, a pedir mais, mesmo depois do encore.
Para finalizar, Monster Jinx. Um colectivo de rappers que também é uma editora, onde pontificam nomes como J-K e Stray. As letras, mesmo com a sua carga emocional e liricidade, foram aprendidas rapidamente pela assistência, e foi em celebração que terminou mais um grande dia de QR. A ultima noite era já dali a dez horas quando o som terminou.