“Lay down your souls to the gods Rock ‘n’ Roll…” – Reportagem no 2º dia do VOA 2017
Após um primeiro dia em que Epica e Carcass preencheram o recinto na Quinta da Marialva, no segundo dia ansiava-se por ouvir Venom e Apocalyptica.
A primeira banda a pisar o palco principal foram os thrashers de Coimbra, Terror Empire. No breve tempo que tiveram, criaram o apetite para o próximo registo, Obscurity Rising que irá sair no próximo mês de Setembro.
A seguir, e no mesmo palco, os Childrain estrearam-se em Portugal com o seu groove metal com cheirinho a Machine Head e Gojira. Durante mais ou menos uma hora de concerto, apresentaram o seu repertório com temas como Matheria pt I, Blinded by Rage e Awakening. Os Childrain sentiram-se em casa e o público português mostrou que gostou deles.
Depois de 5 anos de ausência em Portugal, regressa um dos titãs dos Thrash Metal, os Death Angel. Oriundos de São Francisco e importantíssimos para o movimento Thrash, uma oportunidade destas para um bom bailarico e uns bons headbangs, é um convite irrecusável. O concerto começou a com The Ultra-Violence, clássico do primeiro disco deste grupo, que começou a abrir um tímido circle pit. À medida que a banda tocava, o este ia aumentando de tamanho, ficando quase tão grande como em Kreator, no ano passado, neste mesmo festival. Os Death Angel foram um tornado que apareceu em Corroios, deixando boas recordações para quem assistiu.
Às 9 da noite foi invocada a banda mais demoníaca do cartaz deste ano, sendo também uma das mais importantes para vários géneros do metal, os grandes Venom. Mal Cronos e companhia entram em palco, começam a tocar From the Very Depths, The Death of Rock’n’ Roll e Bloodlust, dando início aos moshs deste concerto e aos primeiros fogos pirotécnicos que, aliás, o resto do espetáculo teve em abundância. Cronos esteve sempre bastante comunicativo com os presentes, e o som do seu baixo estava digno de invocar satanás, para que também ele pudesse apreciar este concerto. No encore, não poderiam faltar os hinos Black Metal e Witching Hour, que deram por terminada esta hora e meia de concerto memorável.
Os Apocalyptica são um grupo famoso pelo uso dos seus violoncelos fortes, tocando repertórios deles e outras versões de músicas de metal. Neste dia o foco foi para os 20 anos do lançamento do Plays Metallica by Four Cellos, e para outras versões dos Metallica, tocadas por este quarteto de cordas. Abriram com Enter Sandman, Master of Puppets e Sad But True, que colaram os espectadores no palco principal. Eicca Toppinen fez de curador durante este concerto especial, não só em tributo para aos Metallica, mas também como forma de celebrar a data de aniversário do próprio. O público, deliciado com o som dos violoncelos destes talentosos finlandeses, assistiu a versões de Orion, Escape e Battery, tendo-se juntado à banda a cantar. Finalizando o concerto com a One, os Apocalyptica demonstraram como se consegue misturar heavy metal com música clássica, soando perfeitamente bem para qualquer pessoa (na minha opinião).
No palco LOUD! destaque para Adamantine (fotos), banda de metalcore/thrash que apresentou o disco Heroes & Villains, Cruz de Ferro (fotos) com o seu power metal em português e para os recentes Rasgo (fotos), thrashers que abriram para Slayer em Junho passado no Coliseu de Lisboa e que estão prestes a lançar o primeiro disco em Outubro.
Mais um dia de peso em Corroios, e que mais vontade dá para o último dia, com The Dillinger Escape Plan e Trivium, de volta a Portugal após de longas saudades de terras lusitanas.
smoke um novo tema do novo album ? deixa-me rir um bocadinho
Tens razão José e já foi corrigido. Obrigado pela atenção.