José Cid no Campo Pequeno – A reportagem
Passavam cerca de 15 minutos da hora marcada quando subiu ao palco do Campo Pequeno aquele que se intitula “a mãe do Rock Português”. Nos seus 73 anos e com quase 60 anos de carreira apresenta-se mais uma vez ao público de Lisboa e começa por lhes dedicar uma música feita especialmente para o efeito, onde elabora sobre o prazer que lhe dá tocar anualmente em Lisboa para um público que o acompanha para o todo o pais.
Depois de salientar as suas raízes Ribatejanas e descobrir vários conhecidos na plateia a quem fez questão de dedicar músicas, inicia a apresentação do seu mais recente trabalho, “Menino Prodígio” e a auto-elogiar o seu trabalho mais notório “10.000 Anos depois entre Vénus e Marte”, a sua obra com maior relevo internacional, considerada um dos 100 melhores discos de sempre pela Billboard na categoria de “Rock Progressivo”.
Todas as músicas são apresentadas com longas explicações e recordações de um passado que o fez passar em revista os seus maiores êxitos até entrar numa apresentação cronológica, começando na década de 50 até aos anos 80, onde chama ao palco alguns membros que passaram pela banda “Quarteto 1111”, em que se destaca a presença de To-Zé Brito e de Mike Sergeant, para interpretarem duas das músicas mais conhecidas do quarteto que revolucionou o panorama da música portuguesa nos finais da década de 60 e inícios da década de 70.
José Cid em palco é um concerto de um homem só mas fez questão de apresentar a “mini-big-band” que o acompanha referindo os diversos trabalhos a solo dos participantes bem como a sua origem geográfica. Permitiu também a apresentação de um dos membros a solo, Gonçalo Tavares, tocando duas músicas do seu repertório.
Em suma, uma apresentação de José Cid ao vivo é tudo o que se pode esperar de José Cid, uma voz reconhecidamente potente, uma carreira com êxitos suficientes para várias gerações e um ego que o permite auto elogiar-se várias vezes sem parecer ridículo.
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