Filii Nigrantium Infernalium e Ironsword convidados especiais no Vagos Open Air
Há mais dois nomes a adicionar ao cartaz da VII Edição do VAGOS OPEN AIR! FILLI NIGRANTIUM INFERNALIUM e IRONSWORD, dois dos projetos mais marcantes saídos do boom do underground nacional da década 90, também vão subir ao palco instalado na Quinta Do Ega, durante dos dias 7, 8 e 9 de Agosto, como convidados especiais. Ambos são sobreviventes estoicos em nome do metal, porta-estandartes de um espírito muito perto da génese do estilo puro e duro, como era feito nos anos 80. Discos como «A Era do Abutre», que comemora duas décadas em 2015, e «Ironsword», a estreia em álbum de um grupo que já conta com vinte anos de carreira, marcaram uma época e uma geração. Necro rock’n’roll e battle metal, alvo de culto e com apelo internacional mais que comprovado, num total de quarenta anos de experiência, undergound e muito heavy metal no palco do VAGOS OPEN AIR.
As origens dos FILII NIGRANTIUM INFERNALIUM remontam a 1988, altura em que o guitarrista e vocalista Belathauzer se juntou ao baixista Tetragrammaton e ao baterista Jerzegemoth para criarem a maqueta de estreia dos Bactherion, «The Miracle of Death». Em 1993, já depois de terem mudado de nome, atuam pela primeira vez ao vivo com a ajuda de elementos dos Moonspell e Decayed, naquele que hoje ainda é recordado como o primeiro concerto de black metal em Portugal. «Os Métodos do Pentagrama», o primeiro lançamento com a designação atual, é disponibilizado ainda nesse ano, mostrando o trio lisboeta a adotar uma postura musical ainda mais doentia, rápida e blasfema. Dois anos depois, já com Helregni no baixo, gravam o mini-CD «A Era do Abutre» e, após o lançamento via Monasterium Records, regressam aos concertos, mas a banda acaba por mergulhar num hiato profundo que acabaria por durar grande parte da segunda metade dos anos 90. Em 2001 regressam ao ativo com Samhain na guitarra, Lopo na bateria e Tormentor no baixo, gravando no ano seguinte o EP «A Queda». «MoïrA» e «Puta Infernal» provaram que, apesar das mudanças e formação, o peculiar híbrido de black/heavy/thrash, a que eles próprios gostam de chamar necro rock’n’roll, se mantinha intocado. No ano seguinte sofrem mais alterações com a entrada do guitarrista Andremon, do baterista Maalm e do regressado Helregni e, na Primavera de 2004, assinam contrato para a muito aguardada edição do álbum de estreia, «Fellatrix Discordia Pantokrator». Entre concertos de norte a sul do país e alguma inatividade pelo meio, só voltam às edições cinco anos depois com o EP «Rëtrofornicatör», ao que se seguiu «Pornokrates: Deo Gratias» e um split EP, «Copula Necrotheologica: Sabbat Infernal», ambos de 2013. Em 2015 assinalam o vigésimo aniversário d’«A Era Do Abutre» com uma luxuosa edição em vinil do emblemático registo de 1995.
Os IRONSWORD foram criados em 1995, numa altura em que Tanngrisnir era guitarrista dos Moonspell. Com escola feita em bandas como Grog e Decayed, o músico da linha de Cascais reduziu o pseudónimo para Tann e, responsabilizando-se pela voz e todos os instrumentos, gravou as primeiras maquetas caseiras de um projeto que, quando transformado em banda “a sério”, ganhou um culto considerável à sua volta. Provavelmente nem o próprio músico imaginaria que, duas décadas depois, estariam entre os nomes mais reverenciados no underground do som eterno. O primeiro passo deu-se na viragem do milénio, no momento em que Tann decidiu expandir a formação e, com a ajuda do baterista Ricardo Hammer e do baixista Axemaster, deu os primeiros concertos. Em 2002 é editada a estreia homónima e foi com «Ironsword» que se cristalizaram as diferenças abismais em relação ao ambiente gótico dos Moonspell, com o trio a adotar uma postura épica perante o battle metal tradicional, assumidamente inspirada nos ícones do género, os norte-americanos Manilla Road, e nos livros de Robert E. Howard, o autor de “Conan, O Bárbaro”. Dois anos depois surge o segundo álbum e «Return Of The Warrior» apresentou uma versão ainda mais sólida da banda. A nova formação, com Rick Thor no baixo e Maalm na bateria, ambos dos Filii Nigrantium Infernalium, era uma espécie de super-grupo do underground nacional e, muito graças a aparições estratégicas em alguns dos maiores festivais europeus do género, começou inevitavelmente a dar que falar. Mesmo depois de quatro anos sem que se ouvisse falar muito deles, surpreendem toda a gente com o lançamento de «Overlords Of Chaos», o primeiro disco com o selo de culto da Shadow Kingdom Records, recebido com pompa e circunstância pelos fanáticos do género. E depois… Novo silêncio prolongado. Em 2015, ano em que comemoram as primeiras duas décadas existência, estão finalmente de volta, aos discos e aos palcos, com «None But The Brave».
Fonte: Press Release Prime Artists