Everything Everything, Moullinex e Benjamim e Barnaby Keen no Mexefest
Já falta pouco para mais uma edição do Vodafone Mexefest e a contagem decrescente continua a ser feita da melhor maneira possível. Enquanto contamos os dias, acrescentamos motivos que tornam o cartaz que vai animar a Avenida da Liberdade nos dias 24 e 25 de novembro, cada vez mais imperdível. Estão confirmados os britânicos Everything Everything, o português Moullinex e ainda uma dupla que, curiosamente, junta as duas nacionalidades anteriores, Benjamim e Barnaby Keen.
Quando nasceram em Manchester no ano de 2007, os Everything Everything já eram uma banda ambiciosa, com vontade de produzir um som futurista, em sintonia com um mundo em mudança. Nos primeiros tempos a vida de estrada exigia da banda um som mais punk e direto, mas não demorou muito até que Jonathan Higgs, Jeremy Pritchard, Michael Spearman e Alex Robertshaw concretizassem essa ambição, encontrando uma linguagem muito própria, onde indie rock, R&B, dream pop e até rock progressivo são influências que não se atropelam. Depois de três discos bem recebidos pelo público e pela crítica (com nomeações para o Mercury Prize, por exemplo), os Everything Everything acabam de lançar “Fever Dream”. É mais um disco desconcertante, com letras aguçadas e sintetizadores usados com a mestria de sempre. Com estas novidades na bagagem e a comemorar dez anos de carreira, os Everything Everything prometem animar a edição deste ano do Vodafone Mexefest.
É difícil falar de música eletrónica em Portugal sem referir o nome de Moullinex, o alter ego do viseense Luís Clara Gomes. Assume-se, cada vez mais, como umas das mentes mais irrequietas e criativas do panorama musical português, convidando vários géneros musicais para a sua música: soul, funk, garage rock e até MPB, tudo serve para enriquecer a eletrónica de Moullinex. Remisturas de nomes como Röyksopp e Robyn, Cut Copy ou Two Door Cinema Club são um dos fatores que explicam a fama internacional do músico português, requisitado para atuar nos palcos de todo o mundo. Sendo um talento irrequieto, Moullinex divide o seu tempo entre vários projetos: em conjunto com Xinobi é também responsável pela editora Discotexas, que pretende dar a conhecer a melhor música eletrónica que se vai fazendo em Portugal. Em nome próprio, e depois de dois discos aclamados pela crítica, “Flora” (2012) e “Elsewhere” (2015), Moullinex regressa agora com “Hypersex”, um registo que presta homenagem à cultura de dança. “Open House”, “Love Love Love” e “Work It Out” são alguns dos temas novos que vamos poder ouvir em novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa.
Já se sabe que Benjamim é um dos songwriters de maior talento na nova música portuguesa. O disco “Auto Radio”, editado em 2015, é a melhor prova disso – canções carregadas da história do próprio Benjamim, uma história também nossa, com influências que vão desde o conjunto Duo Ouro Negro até aos incontornáveis Beach Boys. No tempo em que morava em Londres e ainda assinava como Walter Benjamin, o português conheceu Barnaby Keen, músico britânico, mais conhecido pelo seu projeto Flying Ibex, mas também por ser membro do coletivo Electric Jalaaba. Muito por causa do facto de Keen também saber falar português (uma namorada fixou-o no Brasil, durante um tempo), os dois músicos depressa encontraram afinidades musicais. A paixão que ambos têm pelo disco “Construção” de Chico Buarque fez com que Bejamim e Barnaby Keen começassem a fazer música juntos. Esta partilha resultou no disco “1986”, editado este ano. Com a bossa nova no horizonte, mas sem esquecer as influências pop anglo-saxónicas dos anos 80, Benjamim e Barnaby Keen fizeram um dos discos mais interessantes do ano. “Dança Com Os Tubarões”, “All I Want” e “Terra Firme” são algumas das belíssimas canções que subirão ao palco no Vodafone Mexefest.
Fonte: Press Release