Radio Slave

Os Ingleses têm uma expressão que diz “Jack of all trades, master of none”. Ou seja, um bocado como dizer-se que alguém que seja um homem dos 7 instrumentos, até os poderá tocar a todos competentemente, mas não será realmente extraordinário em nenhum deles. Felizmente para quem gosta de música de dança, Matt Edwards é a típica excepção que confirma a regra. O britânico a quem mais nos habituámos a conhecer como Radio Slave faz muita coisa, muito bem, e há muito tempo. Como DJ, Edwards anda nisto desde 1992. Desde mix-CDs editados na Ministry Of Sound, Fabric, Strictly Rhythm e Balance, a presenças quase mensais no Panorama Bar ou em b2b com Ben Klock e Marcel Dettmann no Berghain, os argumentos para nos convencermos de que este é um “instrumento” que toca como os melhores, são mais que muitos. Enquanto produtor e remixer, reparte-se por uma multitude de pseudónimos (lá está, um multitasker nato, até na identidade!) a operar em diversos estilos, como Quiet Village para material mais downtempo, Cabin Fever enquanto homenagem sentida ao house clássico e, claro, aquele que podemos chamar o seu “lado negro”, Radio Slave, a fonte de verdadeiros monstros de pista como Tatankan, My Bleep ou mais recentemente, Repeat Myself (na label Work Them do amigo Spencer Parker). Há depois detalhes… o de ser ele o autor de uma faixa chamada emblemática de uma era como “Grindhouse”. Ou aquele outro de ter na agenda nomes como Pet Shop Boys, Elton John, Kylie Minogue e Paul McCartney, por ser Radio Slave o nome a que recorreram para serem remixados, quando quiseram ganhar alguns créditos entre a “malta nova que vai às discotecas”. Nos tempos mais recentes, esta lista de feitos quase foi eclipsada, no entanto, pelo facto de que enquanto dono e label manager da Rekids, ser Matt Edwards talvez o maior impulsionador da carreira de uma senhora chamada Nina Kraviz. Com típica humildade e simplicidade, raramente o ouvirão referir-se a isso, mas é um facto: a srª. Kraviz deve-lhe muito. E assim se completa um panóplia de sucessos que nos fazem concluir; faça o que faça, Matt Edwards desconhece a palavra “falhanço”. Não há, portanto, desculpa para hesitações na decisão de o ir escutar aoLux. Radio Slave é afinal um “jack of all trades, and master of all”. Mestre na capacidade de perceber como nos prender naqueles momentos em que fechamos os olhos e estamos colados num ritmo de forma quase primal, e nos conduzir de forma sinuosa e serpenteante a diferentes estados de consciência. Mestre da força do groove sem floreados desnecessários. Mestre da essência do que faz os corpos mover. Escravo? Só se fôr apenas do seu professado amor pelo vinil e a sua confessa obsessão por música. E como nós o compreendemos…

Fonte: Press Release Lux Frágil
Autoria: Nuno Mendonça

7 Março 2014, Sexta-feira, 01:00

Av. Infante D. Henrique, Armazém A Cais da Pedra a Santa Apolónia 1950-376 Lisboa
Lisboa

Preço(s):

12€

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