Epica, Dragonforce e Dagoba no Paradise Garage – A reportagem
A noite de sábado em Alcântara estava fria, mas para aqueles que esperavam junto às portas do Paradise Garage o ambiente era escaldante. Não são todas as noites que se pode ouvir num ambiente intimista, grupos como os Epica, os Dragonforce e mesmo os menos conhecidos Dagoba.
Por isso a expectativa era grande, entre grupos de amigos de diferentes faixas etárias e mesmo entre famílias, como foi o caso de pais e filhos que fomos vendo chegar à sala enquanto a noite não começava.
Ficamos surpreendidos com a sala do Paradise, uma sala com uma acústica fabulosa e uma galeria transformada em lounge onde se pode descontrair entre concertos e onde os próprios músicos se reúnem com o público para fotografias, autógrafos ou apenas dois dedos de conversa.
A noite começou com os Dagoba uma banda de Marseille, e podemos atestar aqui que se não foram o concerto da noite, já que os que se seguiram foram igualmente fabulosos, elevaram sem dúvida a fasquia.
São monstruosos em palco, com uma energia inebriante, o vocalista Shawter manteve sempre entre músicas uma ligação com o público que criou uma energia que se prolongou pela noite, criando ao som da música “When Winter” uma roda e um moshpit. Mas a alma desta banda é sem dúvida o baterista Franky Costanza, poderoso com as baquetas, tem tanto de brilhante como de simpático e a equipa do HoráriosFestivais.com pôde atestar isso em primeira mão já que privou com ele no pré e pós concerto. Uma banda e um nome sem dúvida a seguir.
O único senão terá sido mesmo o pouco tempo que estiveram em palco, tocaram apenas 5 músicas dos seus últimos dois álbuns.
A banda que se seguiu foi Dragonforce, banda originária de Londres e fundada em 1999, mantém o estilo muito ligado ao metal dos anos oitenta. Um metal mais melodioso e “fácil” de ouvir onde a rainha é sem dúvida a guitarra, tocada aliás impecavelmente por Herman Li.
São animais de palco e a prova disso mesmo foi o solo de bateria proporcionado pelo Gee Anzalone (baterista da banda) que tivemos o privilégio de desfrutar aquando de um problema que deixou o resto dos membros sem electricidade nos seus instrumentos. Problema resolvido rapidamente e ultrapassado entre gargalhadas e troca de mimos entre o público e os Dragon.
A noite terminou com o concerto mais esperado e que em nada defraudou as expectativas de quem ansiosamente esperou. O que dizer de uma banda como Epica? São estrondosos com uma energia contagiante e mantêm o espírito com que iniciaram em 2002. É um privilégio assistir e mesmo escrever sobre alguém que ama o que faz como os Epica, a banda é unida, alegre e brincalhona entre eles e isso torna cada concerto uma experiência única e sabem como fazer o público sentir-se únicos e se mais provas precisássemos que não a tivemos com a actuação, ainda fomos brindados por um discurso quase perfeito em português pelo baterista Ariën. O mesmo carinho teve o público que cantou em uníssono com a banda o refrão “Forever and Ever” em “Cry for the Moon”.
Numa sala esgotada, como esteve neste sábado a Paradise Garage, podémos assistir sem dúvida nenhuma a três fabulosos e intimistas concertos que deixaram a cada um que se deslocou até Alcântara memórias de uma noite muito bem passada e animada.
Não pudemos deixar de referir e agradecer aqui a forma como fomos recebidos pela organização que nos deixou com um gostinho de quero mais. Esperamos sem dúvida voltar!
Setlist de Dagoba:
- I, Reptile
- The Man You’re Not
- Black Smokers (752° Farenheit)
- When Winter…
- The White Guy (and the Black Ceremony)
Setlist de Dragonforce
- Defenders
- Fury of the Storm
- Three Hammers
- Seasons
- The Game
- Cry Thunder
- Ring of Fire (Anita Carter cover)
- Through the Fire and Flames
Setlist de Epica
- (Intro) Originem
- The Second Stone
- The Essence of Silence
- Unleashed
- Storm the Sorrow
- Fools of Damnation
- Natural Corruption
- The Obsessive Devotion
- Cry for the Moon
- Victims of Contingency
- The Phantom Agony
- Sancta Terra
- (Encore) Chemical Insomnia
- Unchain Utopia
- Consign to Oblivion
Boa tarde. Gostei da reportagem no entanto tenho a dizer que as fotos estão muito más. Não faz minimamente qualquer justiça ao ambiente vivido.
E não foi por falta de condições pois luz havia muita.
Olá José Gato,
Agradecemos o comentário e agradecemos o elogio relativamente à reportagem.
No que diz respeito às fotos, agradecemos também o comentário e vamos tentar fazer melhor da próxima vez.
Olá José Gato,
Obrigada pelo comentário e por ter gostado da reportagem. Quanto as fotos e não sabendo se é fotografo ou não, são apenas uma amostra a acompanhar o texto. A maior parte delas estará disponível noutra área do site.
A luz existente no Paradise, embora sendo bastante é a base de leds o que por si só é terrível para fotografias de boa qualidade.
Vamos no entanto ter isso em consideração claro numa próxima vez.
Cumprimentos
Os setlists de Dragonforce e epica estão errados.
Boa tarde Tiago, seria então possivel fornecer os correctos?
Muito obrigado
Em relação á review feita pelo espetáculo não pode esconder o meu espanto ao ler a seguinte frase: ”uma sala com uma acustica fabulosa”?
Isto é a serio? O paradise garage foi possivelmente o segundo sitio mais horrendo a nivel acustico em que estive presente( O meo arena consegue ser pior).
Durante o concerto de Dragonforce o som estava demasiado baixo, além disso não posso também concordar com o que foi dito em relação a esta banda, demasiados erros técnicos, já os vi por 3 vezes e é sempre a mesma coisa, continuo a achar que se não têm capacidade para tocar certas musicas ao vivo, então que não as gravem em estudio, parecendo que não a banda perdeu com este novo vocalista, estão claramente a dar as ultimas…
Em relação a Epica nada a pontar, simplesmente espetacular, o que falhou mesmo foi os vocais, demasiado baixo, completamente abafados pelo barulhão das guitarras e bateria.
É apenas a minha opinião, mas sinceramente não podem chamar ao Paradise Garage uma sala com uma acustica boa… nem perto disso.
Cumprimentos
Boa tarde André,
Não pude esconder o meu espanto quando disse que a acústica do Paradise Garage é má … já toquei em salas piores e esta é das salas que de facto para aquilo que foi construido (ver história do edificio) é realmente fabulosa. Em relação aos Dragonforce terem erros tecnicos, já diz Steve Lukather (comete erros ao tocar, vai-te tornar humano), uma banda que toca igual ao vivo o que toca em estúdio é monótono, o conceito de concerto é a interacção com o público, se é para n ter interacção, podemos sempre ver um recital. Dragonforce teve de facto o som baixo e isso deve-se ao PA que infelizmente teve falhas.
É apenas também esta a minha opinião, mas que a Paradise Garage tem uma boa acústica para a sala que é e que foi construida tem.
Cumprimentos