Dia 14 – O último dia do Alive 2013
Depois de três dias de concertos, chegou ao fim mais uma edição do Optimus Alive. No último dia do festival, a organização adiantou alguns detalhes sobre o próximo ano: a oitava edição irá realizar-se entre 11 e 13 de Julho e os Atoms for Peace de Thom Yorke serão uma das grandes prioridades, avança o promotor Álvaro Covões. Revelou-se ainda que, neste ano, passaram cerca de 150 mil pessoas pelo Passeio Marítimo de Algés e que foram vendidos aproximadamente 15 mil bilhetes no estrangeiro.
Coube aos Linda Martini aquecer a multidão que já se encontrava concentrada em frente ao palco Optimus. Apresentando dois temas do novo disco com data de lançamento marcada para Setembro, a fórmula da banda lisboeta parece continuar a resultar e eram vários os fãs que gritavam a plenos pulmões letras de músicas como “Juventude Sónica” e “Belarmino”.
Já os Tame Impala provaram que o melhor do festival ficou guardado para o fim. Naquele que foi o último concerto da tour, Kevin Parker e companhia apresentaram uma setlist focada em “Lonerism”, álbum mais recente dos australianos. Do psicadelismo de “Feels Like We Only Go Backwards” ao groove rock de “Elephant”, o concerto superou todas as expectativas e os Tame Impala revelaram-se uma banda que cresceu a uma velocidade estonteante desde a última passagem pelo nosso país, na edição de 2011 do Super Bock Super Rock. O final fez-se com “Half Full Glass of Wine” e o êxtase foi geral, deixando um público ainda em transe a clamar por mais.
No Heineken, a brilhante actuação dos Alt-J chamou a atenção de imprensa internacional como a conceituada NME, que destacou a entrega e entusiasmo por parte do público. Com uma enchente ainda maior do que aquela que recebeu os Vampire Weekend, temas como “Matilda” e “Fitzpleasure” foram entoados em uníssono e este foi seguramente um dos concertos que mais marcou esta edição. Por sua vez, os Band of Horses não conseguiram convencer quem preferiu deslocar-se ao palco secundário ao invés de ver a actuação dos Kings of Leon. O concerto ficou muito aquém do esperado e só na sequência final com “The Funeral” e “Window Blues” é que o público pareceu finalmente reagir.
Os Django Django contagiaram todos com a sua simbiose entre electrónica e rock, provando que, de facto, o palco Heineken continua a ser o lugar mais interessante do Optimus Alive e o espaço ideal para que bandas em ascensão possam dar concertos memoráveis.