Capitão Fausto – 2020 foi bera mas chegou ao fim – SBSR.fm Em Sintonia dia 2
Afonso Cabral, membro dos You Can’t Win, Charlie Brown abriu o palco Principal no segundo dia do SBSR.
Depois B Fachada, que chega com a sua guitarra, um sequenciador, um microfone e o seu boné vermelho que já é quase característico. Abrimos com um Regabofe de Abertura. É um concerto intimista apesar de ser na maior sala do país. Um espetáculo simples, mas com a já tão única sonoridade de B Fachada.
É o primeiro concerto que dá com o álbum Rapazes e Raposas que saiu este ano, desse álbum cantou músicas como Padeirinha ou O Anti-Fado. A sala ainda não estava completamente lotada, mas os presentes estavam a ser levados para a fantasia que B Fachada pintava em palco; afinal estava “entre amigos”.
Começa a Atividade. O rapper da linha de Sintra, Papillon, entra em palco com a sua banda, um guitarrista, um baterista e o DJ X-Ato. Com as luzes vermelhas e azuis em palco, Papillon, membro dos GROGNation, veio com muita energia e conseguiu passá-la para o público. O concerto normal de hip hop é só com DJ, mas sempre que há um concerto com banda a energia é completamente diferente. O próprio rapper diz “Tou tão avançado como era o Hélder Postiga”.
Do álbum Deepak Looper, muito aclamado pela crítica, lançado em 2018, Papillon cantou músicas como Impasse e Iminente, e dos novos singles que tem lançado foram tocadas Fala Bonito, Sweet Spot e Camadas. Ainda tivemos a oportunidade de ouvir um cover de Crazy, a música icónica de Gnarls Barkley. Contámos ainda com um momento em que Papillon pediu para toda a gente se levantar da cadeira, com o máximo cuidado possível e mantendo o distanciamento físico.
É hora da principal atração da noite, a já consagrada banda de Alvalade, os Capitão Fausto. Com Tomás Wallenstein na guitarra, na voz, no piano e na flauta, Francisco Ferreira nas teclas, Salvador Seabra na percussão, Manuel Palha na guitarra e Domingos Coimbra no baixo. Todos eles tinham cá estado neste mesmo palco com o Conjunto Cuca Monga. Não se inventou um dia claro, mas criou-se uma espécie de bolha onde todos nos esquecemos que estávamos de máscara e dos problemas do mundo lá fora.
Foram vários os momentos de frenesim em músicas como Morro Na Praia e Amanhã Tou Melhor do álbum Capitão Fausto Têm os Dias Contados. Tivemos ainda a oportunidade de vivenciar um solo de flauta do vocalista, Tomás. Ouvimos ainda a versão do filme dos Capitão Fausto, Sol Posto, “Mil e Vinte”, adaptada da música “Mil e Quinze”, Mil e vinte foi bera mas chegou ao fim.