Booka Shade, Dâm-Funk e Mike El Nite no Super Bock Super Rock
No regresso do Super Bock Super Rock ao Meco para a 25ª edição, há música para várias sensibilidades e algumas dessas propostas prometem surpreender o público presente na Herdade do Cabeço da Flauta. Booka Shade, Dâm-Funk e Mike El Nite são três bons exemplos deste cartaz, tão eclético quanto coeso.
Os Booka Shade vêm de Berlim e são uma das grandes referências da música house dos últimos anos. Nasceram do encontro entre dois talentos, em plena década de 90: Walter Merziger e Arno Kammermeier. Foram de Frankfurt para Berlim em 2002 e formaram aquela que é umas das mais lendárias editoras de música de dança, a Get Physical Music, ao lado de artistas como MANDY e DJ T. Em 2004 editaram o primeiro disco: “Memento”. E o ano seguinte foi o ano da explosão de dois dos principais sucessos de grupo até ao momento. “Manderine Girl” e “Body Language” conquistaram as pistas da dança e confirmaram toda a capacidade criativa do duo alemão. Em 2006 editaram “Movements”, o segundo disco, e seguiram-se as atuações em todo o mundo, em alguns dos melhores festivais do planeta. Os Booka Shade também ficaram conhecidos graças às suas poderosas remisturas de temas de artistas como Depeche Mode, Moby, Hot Chip, Kings of Leon, Woodkid, Hot Since 82 e muitos outros. E a sua paixão por música clássica culminou com a colaboração com lendário pianista chinês Lang Lang. As influências de Walter e Arno são mesmo muito diversas e vão desde a música ambiente até ao techno, passando pelo funk. Vinte anos, cem espetáculos e dezenas de discos depois, os Booka Shade continuam a encarnar o espírito da música eletrónica mais autêntica, como prova o último disco: “Cut The Strings”. E essa energia vai ser sentida pelo público presente no Meco, no Palco Somersby, dia 20 de julho, na 25ª edição do Super Bock Super Rock.
Dâm-Funk é a banda de um só homem, o DJ e produtor Damon Riddick, especializado nessa coisa do “funk moderno” e um dos seus principais representantes. Cresceu em Pesadena, Califórnia, onde aprendeu a amar diferentes estilos de música, como o synth pop, o funk e até rock progressivo. Na adolescência, os sintetizadores conquistaram o seu coração para sempre e o encontro com o cantor e produtor Leon Frank Sylvers acabou por formar a sua personalidade artística. Depois de anos a colaborar com vários rappers, Riddick iniciou a aventura Dâm-Funk em 2007. No ano seguinte lançou “Burgundy City”, um single que mostrava a sua assinatura synth-funk, quase sempre instrumental, e com as influências de nomes como Roger Troutman, Kleer, Parliament/Funkadelic ou Mtume. Sempre assumiu todas essas referências, mesmo enquanto DJ, nunca escondendo as músicas sobre as quais trabalhava. Depois de reunir e organizar tudo aquilo que já tinha gravado na sua garagem, Dâm-Funk editou “Toeachizown”, com mais de 20 faixas. Dãm-Funk manteve-se produtivo nos últimos anos, com a edição de vários remixes, EPs e singles, inclusive as colaborações com a lenda do funk Steve Arrington (“Higher”) e o rapper Snoop Dogg (“7 Days of Funk”). “Invite the Light”, em 2015, e “Private Life”, em 2017, foram os seus discos seguintes e constituíram mais dois passos para se afirmar como uma das maiores figuras da nova música funk. No dia 19 de julho, Dâm-Funk traz ao Palco Somersby do Super Bock Super Rock, mais uma série de razões para dançar.
Hoje já se pode dizer com toda a certeza que Mike El Nite é um dos nomes mais originais do hip hop feito em Portugal. Já pisou inúmeros palcos de norte a sul, deixou a sua marca em alguns dos festivais mais importantes do país e lançou um dos discos do ano de 2018. Depois do muito aclamado “Justiceiro” (com produção de DWARF), Mike El Nite voltou aos discos com “Inter-Missão”, editado em 2018. “Não sofra mais: rebuçados peitorais Dr. Bayard”. Este poderia ser um anúncio moderno aos mais conhecidos rebuçados portugueses, mas este verso foi a marca do primeiro single deste trabalho de Mike El Nite. Em “Dr. Bayard” Miguel Caixeiro (é este o nome de batismo) fez-se acompanhar por Finix MG, a quem está associado desde os tempos da Astro Records, e Sippinpurpp, fenómeno ovarense da nova escola do trap nacional. O disco conta com as vozes de Catarina Boto, J-K, Fínix MG e Sippinpurpp, e tem produção de Lewis M (Luís Montenegro dos Salto), DWARF, Maria, Ice Burz, Osémio Boémio e Benji Price. O público e a crítica reconhecem que Mike El Nite é um autêntico mestre a desenterrar os “guilty pleasures” da cultura portuguesa, apresentando esses tesouros a partir de uma perspetiva contemporânea, cheio de referências geek e sem nunca esquecer o potencial crítico de cada palavra. E é bom que o público presente na Herdade do Cabeço da Flauta, no dia 20 de julho, afine a voz com um qualquer bom rebuçado português, porque Mike El Nite vai marcar presença no Palco Somersby do próximo Super Bock Super Rock.
Fonte: Press Release