Veja aqui “What Difference Does It Make? A Film About Making Music”

Primeiro o frio da rua e logo depois o calor da partilha dos subgraves. A estreia, antes de ontem, no Lux, do filme “What Difference Does It Make: A Film About Making Music”alinhou Lisboa com mais de 60 cidades em todo o mundo. Hoje, o filme já se encontra disponível para streaming digital gratuito aqui:

Se não quiser ver no YouTube pode fazer download: [Definição normal] [Alta Definição] [Legendas em Português (SRT)] [youtube http://www.youtube.com/watch?v=_EDnMFJiv8U] **ADSENSE**

Foi uma enchente de gente que recebeu de olhos bem abertos a estreia de “What Difference Does It Make: A Film About Making Music”um documentário assinado por Ralf Schmerberg que celebra o espírito da Red Bull Music Academy através de um olhar muito próprio sobre a edição de 2013 que decorreu em Nova Iorque. Entrevistas com personalidades incontornáveis da história da música como Brian Eno, James Murphy ou Lee Perry, entre muitos, muitos outros, encheram os ecrãs de ideias inspiradoras. A comunidade local de produtores das mais variadas vertentes musicais foi no final unânime em aplaudir a capacidade do filme instigar o movimento em direção ao futuro: «só me apetece ir para casa fazer música», foi uma das frases ouvidas.

Antes do filme, o ex-alumni Dj Kaspar deu as boas vindas à multidão que cedo começou a juntar-se na pista do lux, puxando de grooves fundos, piscando o olho ao espírito de Nova Iorque ao tocar clássicos como «Nipple to the Bottle» de Grace Jones, tema escrito por Sly Dunbar que já anunciava o que se seguiria – uma tremenda lição na arte de fazer os subgraves trabalharem horas extraordinárias.

Adrian Sherwood é uma lenda viva, homem da On U Sound que produziu mais discos clássicos – de Lee Perry aos Nine Inch Nails – do que é possível contar com os dedos de muitas mãos. Abriu com uma versão «dub» de «Major Tom» de Bowie e depois foi a direito com U Roy, Max Romeo e outros gigantes da Jamaica, tornados ainda maiores pelo excelente som da sala nobre do Lux.

Depois veio o filme. Com apresentação de Rui Pedro Tendinha acompanhado por Adrian Sherwood e Branko, homem dos Buraka Som Sistema que conhece muito bem as dinâmicas da Academia e ele próprio presente como tutor na edição de Nova Iorque, preparou-se o clima para a viagem que se seguiu com os olhos. Atenção reverente em frente dos vários ecrãs espalhados pelo andar de cima do Lux, gente confortavelmente instalada, aroma a pipocas no ar e um retrato fiel das emoções, ideias, práticas e sons que compuseram uma das mais ambiciosas edições da Red Bull Music Academy. Um dos momentos climáticos da estreia foi o aparecimento no filme de «Hangover (BaBaBa) dos Buraka Som Sistema numa remix de Caspa durante uma batalha campal na Academia de almofadas. Para ecoar uma explosão de vários «canhões» de penas disparados no Lux, reforçando a ideia de perfeita sintonia entre o público e a audiência. No final vieram os aplausos, mais do que justificados, de uma multidão que certamente concorda que a música, faz, de facto, toda a diferença do mundo.

A banda sonora para a despedida da noite ficou a cargo de Jorge Caiado, ex-alumni, dj e produtor que sabe bem o que é viver a experiência que o filme “What Difference Does It Make: A Film About Making Music” retratou de forma tão especial. E na rua, logo depois, um pouco menos frio…

Fonte: Press Release Red Bull Music Academy


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