Slayer actuam a 5 de Junho no Coliseu de Lisboa

Slayer actuam a 5 de Junho no Coliseu de Lisboa

Ilustres representantes dos Big Four, ao lado dos Metallica, Megadeth e Anthrax, os líderes incontestados do thrash mais impiedoso regressam por fim a Lisboa para apresentar «Repentless», o aclamado 11º registo de originais.”

É certo e sabido que, mesmo no seio de um grupo com interesses em comum, as opiniões tendem a dividir-se quando chega a hora de discutir quais as bandas mais importantes ou definidoras de uma determinada época. Poucos são, no entanto, aqueles que se atrevem a questionar a relevância de um grupo como os SLAYER – ou o impacto de discos como «Reign In Blood», «South Of Heaven» ou «Seasons In The Abyss», apenas três dos mais aplaudidos num catálogo sem mácula. É exatamente por isso que Araya, King, Hanneman e Lombardo são, há mais de três décadas, os porta-estandartes de tudo o que é hoje o som extremo. Do death ao black metal, são eles a referência maior, uma força unificadora num universo cada vez mais dividido por uma quantidade incontável de géneros e subgéneros. É precisamente esse sentimento de união, transversal a tantos estilos e gerações, que se vai materializar no próximo dia 5 de Junho quando os SLAYER, uma das bandas mais consensuais de sempre no espectro da música pesada, subirem ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Quando os SLAYER editaram o terceiro álbum de estúdio, o influente «Reign In Blood», a 7 de Outubro de 1986, já tinham gravado outros dois discos muito promissores, mas foi nesse preciso momento que se transformaram na lenda que são hoje. Pelo caminho, influenciaram tudo, ou quase tudo, o que foi feito em termos de música pesada desde então. Uma boa prova disso é que, tanto tempo depois, o álbum de 1986 continua a carregar o mesmo apelo animal que deixou tanta gente de queixo caído na altura em que foi lançado. É claro que, ao longo dos anos, muitos foram os músicos que tentaram recriar o génio e a perfeição contidos naquela contundente coleção de dez temas, mas nunca ninguém conseguiu chegar nem lá perto. E isso não é exatamente estranho; os próprios músicos perceberam rapidamente que nem valia a pena tentarem e, no disco seguinte, o «South Of Heaven», trataram de colocar um pé no travão. Hoje, oito álbuns depois e já sem os elementos fundadores Jeff Hanneman e Dave Lombardo na formação, são definitivamente uma banda bem diferente, mas há uma coisa que ninguém lhes pode negar – serão, para a eternidade, um dos nomes mais revolucionários, influentes, emblemáticos e resilientes saídos da música extrema.

Dúvidas restassem em relação à sua vitalidade, algo estranho se tivermos em conta o intocável fundo de catálogo da banda, o mais recente registo de estúdio, «Repentless», editado há dois anos, tratou de desfazê-las. Quando, já após o polémico afastamento do baterista Dave Lombardo na reta final da tour mundial de promoção a «World Painted Blood», o guitarrista Jeff Hanneman faleceu inesperadamente em Maio de 2013, o futuro dos SLAYER tornou-se subitamente incerto. Valeu-lhes, a eles e à sua vasta e devota base de seguidores, a resiliência do guitarrista Kerry King que, com o baixista/vocalista Tom Araya estoicamente ao seu lado e a preciosa ajuda de Gary Holt na guitarra e Paul Bostaph na bateria, tornaram real o 11º álbum do mítico quarteto californiano. Com o furioso tema-título, «Take Control», «Cast The First Stone», «When The Stillness Comes» ou «You Against You» a manterem inalterada a agressividade selvagem que os tornou famosos, os SLAYER renasceram como se ainda tivessem algo a provar e, três décadas depois de terem dado os primeiros passos, continuam a afirmar-se como uma das mais distintas e poderosas bandas sobreviventes do boom thrash dos anos 80.

Os bilhetes para o concerto custam 32€, à venda a partir do dia 20 de Janeiro, nos locais habituais.


Ainda não és nosso fã no Facebook?


Mais sobre: Slayer

  • Partilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *