14 Jul 2016 a 16 Jul 2016

Rui Veloso e James encerram o Marés Vivas em apoteose

Rui Veloso e James encerram o Marés Vivas em apoteose

Era grande a expectativa em torno do terceiro e último dia do festival MEO Marés Vivas. Depois de dois dias intensos, com nomes como Elton John, D.A.M.A., James Bay e Kodaline, aguardava-se com alguma impaciência o espectáculo do Rui Veloso e da banda britânica James, de Tim Booth e companhia.

Mas já lá vamos…

Por volta das 19h45, quinze minutos antes da hora marcada, Elizabeth Caroline Orton, de nome artístico Beth Orton, entrou no palco principal do festival, o palco MEO, numa altura em que ainda era impossível prever a grande enchente que se viria a verificar durante a noite.

Talvez pelo excessivo calor e pela proximidade da praia, talvez por ser para muitos a hora de jantar, a verdade é que, ao longo de aproximadamente uma hora de espectáculo, poucos foram aqueles que dedicaram o seu tempo à artista vencedora de um Brit Award, autora de um som electrónico com travos de folk.

BethOrton@MMV16-2016-IMG_7601 Vê aqui todas as fotos de Beth Orton no MEO Marés Vivas

Melhor sorte teve Tom Odell, seu compatriota, cantor e compositor, que, por volta das 21h05, viu uma casa muito mais composta para ouvir as canções do seu mais recente trabalho, “Wrong Crowd”. Filho de piloto de aviões, o músico cujo talento foi descoberto por Lily Allen, quase sempre ao piano, presenteou os fãs com uma hora de espectáculo, a culminar com os temas “Love” e, o seu grande sucesso, “Magnetised”, este último interpretado com o músico de pé em cima do piano, envolto na bandeira nacional portuguesa, para gáudio do público.

TomOdell@MMV16-2016-IMG_7755 Vê aqui todas as fotos de Tom Odell no MEO Marés Vivas

Ainda antes do espectáculo do nortenho Rui Veloso, houve tempo para escutar o hino do festival, interpretado sobejamente por Pedro Ribeiro, Vasco Palmeirim, Joana Azevedo e Nuno Markl, com este último, fã da mais recente moda dos cibernautas, o Pokémon Go, a referir que acabara de apanhar três. Além do hino, fizeram o público prometer, mão direita no ar, que se dirigiriam ao palco Moche para escutar o DJ Wilson Honrado, logo após o final do concerto dos James.

“Boa noite, Pessoal”, foi assim que Rui Veloso, compositor portuense, entrou no palco MEO, munido de uma guitarra branca, uma garrafa de água e um copo de vinho.

Era um dos nomes mais aguardados da noite, não tendo por isso sido de estranhar a enorme multidão que com ele vibrou e cantou ao longo de mais de 1h30 temas de uma vasta carreira, que conta já com mais de 35 anos.

Durante a noite mais fresca do festival, ouviram-se grandes clássicos, como “Porto Côvo”, “Primeiro Beijo” – após, como o próprio disse, ter “molhado o bico” com um copo de Vinho do Porto -, “Todo o tempo do mundo” e, claro está, porque há músicas que ficam sempre no ouvido, “Chico fininho”.

Pelo meio, e ainda antes de interpretar “Porto sentido”, houve tempo para apelar à paz, fazendo referência à tragédia em Nice e realçando a grandeza do nosso país, que, segundo o próprio, é “um país aonde toda a gente cabe”.

Trouxe um esperado encore, presenteando os fãs com “Lado lunar”, “Não há estrelas no céu” e “A paixão, segundo Nicolau da Viola”, tema com o qual terminou o concerto, iluminado por milhares de telemóveis que, lascivamente, baloiçavam no ar.

RuiVeloso@MMV16-2016-IMG_7891 Vê aqui todas as fotos de Rui Veloso no MEO Marés Vivas

Para finalizar mais uma edição de festival, é ao som de “A Portuguesa”, o hino nacional mais ouvido no último mês, que os James, banda de Manchester, se apresentaram em palco, regressando a uma casa que bem conhecem, e na qual estiveram há dois anos atrás.

Iniciaram o espectáculo com o tema “To my surprise”, criticando a generalidade dos políticos, que, segundo o próprio “pertencem ao asshole club”, numa clara alusão ao Brexit.

Voltando à música, Tim Booth e companhia proporcionaram um espectáculo maravilhoso, com direito a crowd surfing e tudo, no qual, ao longo de mais de duas horas, revisitaram temas de vários anos de carreira, entre os quais “Ring the bells”, “Come home”, ”She’s a star”, acompanhado de forma soberba por um violoncelo, “I feel like Fred Astaire”, “Sound” e “Laid”.

Finalizaram o espectáculo com “Sometimes”, cantado a uma só voz por mais de 20 000 pessoas, mas, bem ao jeito de Rui Veloso, cerca de cinco minutos depois estavam de volta para um encore com mais três temas, terminando com o já mítico “Getting away with it”, mais uma vez cantado a uma só voz.

James@MMV16-2016-IMG_7965 Vê aqui todas as fotos dos James no MEO Marés Vivas

Terminado o espetáculo, a multidão começou a dissipar, todavia a promessa feita a Nuno Markl e companhia cumpriu-se, com muita gente vibrando ao som do DJ Wilson Honrado, que terminou mais uma edição do Festival MEO Marés Vivas, e encerrou três dias e três noites de um ambiente quente, enérgico e mágico!


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