Entre o rock e as rimas – Os palcos EDP e Antena 3, no 3º dia do festival SBSR
No último dia de SBSR, o Parque das Nações foi fiel ao calor que se sentiu nos últimos dias. O calor humano, esse, foi mais intenso e era muito evidente nos palcos ditos secundários por onde passaram Kelela, The Parrots, Slow J e Salto.
Palco EDP
The Parrots abriram o palco EDP, à hora marcada. As primeiras músicas transpiravam festa e animação e prometiam um concerto animado. O público que estava presente acedeu à chamada – não eram muitos os festivaleiros que estavam por ali. O concerto aconteceu entre as 17h40 e as 18h30, altura em que ainda era muito o sol que entrava no “recinto”, na zona mesmo ao pé do palco, o que empurrava as pessoas um pouco para longe dos artistas.
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A norte-americana Kelela foi uma das boas surpresas da noite: elegante, simpática e com uma voz que “sim, senhor”! Entre o grime, a soul e o R&B, Kelela apresentou em palco o seu trabalho Cut 4 Me. A cantora já tinha passado por Lisboa, num concerto que aconteceu na Galeria Zé dos Bois. Kelela teve oportunidade de dedicar uma música a Prince – artista que também foi alvo de homenagem no palco Antena 3, por Moullinex. Não temos dúvidas que Kelela terá levado consigo boas recordações deste concerto, ali mesmo à beira Tejo.
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O garage rock dos californianos Fidlar subiu ao palco EDP pelas 20h. Mais tarde, pelas 21h20, a Ana Matos aka Capicua subiu ao mesmo palco, com uma mão cheia de amigos. Além da companhia já habitual de M7, DJ Ride e Blaya juntaram-se à rapper portuguesa com pronúncia do norte. Vayorken, Medusa, Fumo Denso e Sereia Louca foram alguns dos temas que fizeram vibrar o público presente. Casa no Campo também marcou presença: a música foi escolhida pelos fãs, na página de facebook da artista.
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Ao final da noite a Psicopátria dos GNR invadiu o palco EDP. Viajamos no tempo, até 1986, ano em que o álbum conheceu a luz do dia. Este é um daqueles álbuns que pode receber o carimbo de intemporal: seja pela expressividade das letras ou pela competência musical das melodias. Não houve uma enchente de público, é certo, mas isso não beliscou a actuação da banda liderada por Rui Reininho. Efectivamente bem humorado, Rui e os seus “muchachos” foram além de Psicopátria e tocaram ainda Video Maria, Las Vagas e Cadeira Eléctrica.
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Palco Antena 3
Eram 18h30 quando Slow J subiu ao palco Antena 3 na companhia de Fred dos Orelha Negra e também de Francis Dale. À sua frente havia mesmo muitas pessoas: este foi um dos concertos com mais público, neste palco. Slow J estava visivelmente feliz por fazer parte do alinhamento deste palco, que celebra nomes da música portuguesa. A empatia e a comunicação que se estabeleceu com o público presente tornou promissores os futuros concertos de Slow J, em festivais ou noutros ambientes. Havia muitos curiosos, sim, mas muita, muita gente que o acompanhava nas suas rimas, com as letras na ponta da língua.
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Também Mike El Nite viveu um grande momento no SBSR: muito, muito público para o receber no palco Antena 3. Este último dia de festival fez rimar na perfeição nomes conhecidos (à noitinha tocava um senhor chamado Kendrick Lamar, conhecem?) com nomes emergentes do panorama musical. O Justiceiro – nome do trabalho editado por Mike El Nite – não deixou indiferente a enchente de público que ali se juntou.
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Os Salto saltaram para o palco, mas a verdade é que não fizeram ninguém saltar. Ali mesmo ao lado, o concerto dos portugueses Orelha Negra, no MEO Arena, absorveu muito público que acabou por praticar o “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, sem arredar pé para os concertos que ali se iam seguir.
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Este palco fechou com A Purple Experience, uma homenagem a Prince, protagonizada por Moullinex e convidados, a saber: Da Chick, Samuel Úria, Best Youth, Marta Ren e Selma Uamusse.
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Não temos a certeza se este terá sido o dia com temperaturas mais altas, nas três datas em que aconteceu o festival SBSR. Sabemos, sim, que foi o dia que mais aqueceu em termos de afluência de público pelo recinto. Os horários obrigaram a fazer escolhas difíceis, entre artistas tão diferentes. Ninguém disse que a vida do festivaleiro era fácil, pois não?
Foi um dia de rimas e de (algum) rock. Já o dissemos e repetimos: foi um dia Super Bock, Super Hip Hop. Para o ano há mais.
Ah! A nossa reportagem sobre o palco Super Bock pode ser encontrada aqui. As galerias fotográficas dos artistas que passaram pelos palcos EDP e Antena 3 também estão disponíveis acoli.