Nova confirmação no SBSR: Cat Power
E à 20ª edição, o Super Bock Super Rock não poderia deixar de surpreender. Aos nomes já anunciados, junta-se um gigante, icónico e inefável do universo indie: Cat Power.
A vida de Chan Marshall pode ser rica de volatilidades, viva de tempestades e de momentos limite. No entanto, o génio musical e criativo nunca esmoreceu. Apesar das dificuldades pessoais Cat Powersurpreendeu – ou melhor, arrebatou! – sempre, como autora e intérprete. Dos tempos dos idos 90, onde em Nova Iorque criou, compôs e produziu os seus primeiros discos – com a preciosa ajuda de gente como Steve Shelley (Sonic Youth) e Tim Foljahn (Two Dollar Guitar) -, aos voos grandiosos pela Matador Records, de onde jorraram discos como “Moon Pix” ou “You Are Free”, Marshall provou ser rara, com um jeito muito pessoal. Até “The Greatest”, épico registo quase soul de 2006, as canções deCat Power exploraram a melancolia tendo como base o género folk, aqui e ali com componentes da pop independente. Em 2012, depois de 6 anos sem editar um disco exclusivamente de originais, voltou com “Sun”. O título diz muito e é revelador de uma renovada esperança artística. A estética que incorpora a obra é temperada por electrónica (com pop dentro) e por sons de galáxias distantes das das primeiras obras. Cat Power tem encantado o mundo e os melhores palcos com “Sun”. Chegou a vez de Portugal, e o Super Bock Super Rock é o festival que se honra de receber e oferecer a todos os apaixonados da melhor música alternativa, uma das mais brilhantes artistas do mercado musical alternativo: Cat Power.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ybjpIt9oPuo]Cat Power
Charlyn Marie Marshall (aka Cat Power/Chan Marshall) é uma mulher com uma vida e individualidade intrincadas. A sua história fez-se invariavelmente de diferentes cores. Como uma montanha-russa, a velocidade e as curvas dos momentos de Mrs. Marshall foram oscilantes, tensos e imprevisíveis. Começou a sua carreira em Nova Iorque, apadrinhada por Steve Shelley (Sonic Youth) e Tim Foljahn (Two Dollar Guitar). Em 24 horas gravou os seus dois primeiros discos, “Dear Sir” (1995) e “Myra Lee” (1996). Depois do 3º de originais, “What Would the Community Think”, editado pela Matador Records, retira-se para se dedicar ao babysitting, em Portland. A deusa indie viveu sempre numa dimensão surreal, entre o imprevisível e o excessivo. Cat Power podia já não existir. Os consumos psicotrópicos e a instabilidade psíquica, foram traço em loop no caminho de Chan.
Mas depois veio “Moon Pix”, disco editado em 98 brotado de sonhos e pesadelos. Depois de um disco de versões (“The Covers Record”), magnífico por sinal, Cat Power edita em 2003 “You Are Free”, belíssimo e pungente conjunto de canções. Três anos depois volta a surpreender com uma espreitadela à soul e às melodias de contornos épicos: “The Greatest “(2006). Para “Sun”, editado em 2012, é, provavelmente, o disco mais soalheiro de Cat Power. Auto-financiado, tem sido reconhecido pela crítica e pelo público – mesmo aquele que venera os velhos tempos da norte-americana. Tem tocado o registo pelo mundo inteiro. Este ano, para gáudio generalizado, também no Super Bock Super Rock.
Fonte: Press Release Música no Coração
Foto: Stefano Giovannini