Moonspell celebraram 25 anos de Irreligious no Lisboa ao Vivo

Moonspell celebraram 25 anos de Irreligious no Lisboa ao Vivo

Corria o ano de 1996 quando um grupo de jovens da Amadora lançou um dos mais importantes discos do Metal nacional. Ao fim de um quarto de século, Irreligious continua intemporal e a ser alvo de adoração para os fãs de Moonspell, e não só! Prova disso mesmo foi um Lisboa Ao Vivo (em novas instalações) esgotado e com cerca de 300 espectadores sentados e a cumprirem todas as normas em vigor no que diz respeito à saúde pública.

Quando Fernando Ribeiro e companhia sobem ao palco e se começa a ouvir Opium torna-se impossível não retroceder no tempo. É certo que os Moonspell são hoje uma banda diferente do que eram há 25 anos (e ainda bem), mas também é igualmente certo que os temas deste segundo disco envelheceram tão bem como a banda. E isso é quase palpável ao longo de toda a actuação do quinteto em temas como For a Taste of Eternity, Raven Claws, Mephisto ou, claro Full Moon Madness.

O público, mesmo sentado, reagia efusivamente aos temas como se fossem novidade e o vocalista retribuía com uma actuação segura de quem já leva “muitos anos disto”. Pelo meio há uma crítica ao estado da Cultura em Portugal e às restrições impostas que atrasam o panorama cultural luso.

Num set inesperado e refrescante a banda deixou para o encore os temas In And Above Man, From Lowering Skies, Abysmo, Finisterra e Blood Tells que trouxeram um Pedro Paixão de volta à guitarra (algo que já não acontecia desde 2014) e, consequentemente, um maior peso aos temas. Também de destacar a forma como o novo baterista Hugo Ribeiro prova ser um digno de Mike Gaspar.

Como já é habitual, Alma Mater encerrou a noite em comunhão.

Irreligious envelheceu bem, assim como os Moonspell. No dia seguinte a alcateia voltou a encontrar-se no mesmo local e com os suspeitos do costume, desta feita para celebrar Hermitage, o último disco da banda.

O musicfest.pt assistiu ao concerto através da transmissão em directo na plataforma Munin.live, onde ainda é possível assistir ao mesmo.

Fotos: Joana Marçal Carriço

Nuno C. Lopes  

Melómano convicto, dedicado ás sonoridades mais pesadas. Fotógrafo, redactor, criativo. Acredita que a palavra é uma arma. Apesar de tudo, até é boa pessoa.


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