E o sol brilhou para todos nós! O primeiro dia do Avante 2014
A Festa do Avante acontece este ano pela 38ª vez: a Festa de Abril proporciona três dias de música, desporto, teatro, cinema, ciência, exposições e ainda ciclos de debates. A oferta diversificada de gastronomia é um trunfo desta Festa que arrasta um público que, arrisco a dizer, se desloca à Quinta da Atalaia não só pelas preocupações ou cores políticas, mas pela vontade de celebrar a música. Sem dúvida que há um profundo mote político e esta é uma Festa que transpira PCP (Partido Comunista Português) por todos os poros – ainda assim, a organização pratica o “seja bem vindo quem vier por bem”.
Na edição de 2014 encontramos sete palcos onde irão passar nomes tão diversos como Buraka Som Sistema, Camané, Celina da Piedade, Cristina Branco, Diabo na Cruz, The Legendary Tiger Man, Mercado Negro, A Naifa, Júlio Pereira, ÓQueStrada, por exemplo. O Avante convida também artistas de outras nacionalidades, como os Peatbog Faeries da Escóci, La Troba Kung-Fú, da Catalunha ou Uxía da Galiza.
O programa de sexta feira arrancou com o Concerto para Cravos e Orquestra Opus 40, no Palco 25 de Abril, apresentando um programa clássico que abrange temas de Chopin, Schumann, Mozart e Beethoven. Enquanto isso, o Grupo de Artistas de Chongqing abria as festividades no palco 1º de Maio. Seguiram-se as actuações de Mercado Negro, Guto Pires e Dany Silva e Maria Alice.
Mercado Negro invadiu o auditório com um concerto cheio de good vibes. A banda portuguesa, que surgiu em 1999 pela mão do fundador dos Kusssondolola, presenteou-nos com um concerto descontraído e super boa onda, de tal forma que o auditório estava cheio.
Eram 22h e ainda havia muita gente a chegar à Festa: o que as traz lá, a essa hora? Certamente o sentimento de pertença, e o mesmo sentimento que leva centenas de pessoas a dançar e a pular ao som da Carvalhesa. Esta música teve origem em 1985 e acompanha toda a campanha política do PCP e na festa do Avante. Durante estes três dias de Avante, a Carvalhesa vai acompanhar a abertura e o encerramento de cada um dos dias, num movimento de harmonia e de alegria contagiante – sim, mesmo quem não veste as cores do partido não consegue ficar imóvel perante o tu tu ru tu ru da Carvalhesa.
Carvalhesa à parte, aguardam-me – e à equipa dos Horários dos Festivais de Verão – dois dias com boa música portuguesa – e não só – e experiências gastronómicas que iremos certamente relatar – após a devida degustação, como devem compreender.
O menu de amanhã, dia 6 de Setembro, inclui, entre outros, Celina da Piedade, The Legendary Tiger Man e Diabo na Cruz. Prometemos contar-vos tudo – ou quase. Sintonizem-se na Carvalhesa e nos Horários dos Festivais, sim? Avantemos, camaradas! E o sol (ou a lua) brilhará para todos nós!