Terminar em alta com os ilhéus – O último dia do MEO Marés Vivas

Terminar em alta com os ilhéus - O último dia do MEO Marés Vivas

Depois do Carnaval de Verão da noite anterior, a praia do Cabedelo preparou-se para um desfecho glorioso da 13ª Edição do Meo Marés Vivas. Desde cedo, muitos foram os festivaleiros que se aproximaram do recinto, com o número a atingir, à semelhança dos outros dias, as 30 mil presenças.

Os Like Us deram o pontapé de saída para o último dia do Festival pelas 18h00 no Palco Santa Casa, e apesar de novos nestas andanças, os rapazes esforçaram-se para fazer valer o convite. Animaram o público jovem que se juntou para os ver e agarraram ainda a atenção dos curiosos que se aproximaram ao ouvir a conhecida “Contigo é simples”. Ainda brindaram o público com covers de “Sugar” dos Maroon 5 e “Treasure” de Bruno Mars.

O sol desceu, mas a emoção subiu quando o trio de Pedro, Ciro e Miguel, os The Black Mamba, abriu as hostilidades no palco MEO. Depois da passagem pelo palco secundário em 2014, The Black Mamba deram provas que mereciam mais, e não defraudaram expectativas. Perante um público que começou reticente, os ritmos de Blues, Funk e Soul encaixaram perfeitamente no cenário que os céus da Foz do Douro ofereciam, e não tardou que as palmas soassem bem fortes. Ambiente descontraído e, à semelhança do que se passou no concerto de Miguel Araújo, Pedro Tatanka chamou ao palco mais um pedido de casamento, este menos convencional, com Carla a fazer as honras. Depois do “Sim”, o trio despede-se calorosamente do público com a certeza que a passagem ao palco MEO foi merecida.

Batiam já as 21h45 quando Ana Moura atracou no palco principal sem levantar grandes ondas mas confirmando que até o Fado tem lugar num festival de verão. Começando com “Amor afoito” que passou a “Loucura”, a madrinha deste festival tentou captar a atenção do público, mas só no final conseguiu animar os mais cépticos em relação à sua atuação. Entre “E tu gostavas de mim” e “Porque teimas nesta dor”, a fadista surpreendeu a audiência com “No expectations” dos Rolling Stones, tendo ainda espaço para o seu tributo a Amália com “Valentim”. Ana Moura terminou a noite com “Desfado”, tema cantado em coro pela maior parte dos festivaleiros, agora em grande número por todo o recinto.

Quem também deixou certamente saudades a muitos dos presentes foi Jamie Cullum, que pisou o palco MEO pelas 23h00. Cantor, compositor, pianista e autêntico “entertainer”, o britânico tomou as rédeas da noite com um caloroso “Boa noite Porto, como está tudo?”, arrancando sorrisos dos lábios e as vozes das gargantas dos festivaleiros. Sem margem para distrações, Cullum fez do piano um segundo palco de onde cantou, empolgou a multidão e de onde até saltou. Com a bandeira de Portugal às costas, qual Super Homem, Cullum é a prova de que “os homens não se medem aos palmos”. De música em música, salto em salto, a caminho ao apogeu, Jamie inebriou o público com “Get Your Way”, “I’m All Over It” ou “Everything You Didn’t Do”. “Don’t stop the music”, cover de Rihanna, e “High and Dry” de Radiohead fizeram também parte do alinhamento do que foi, sem dúvida, um dos grandes espectáculos da noite.

Os The Script, cabeça de cartaz do último dia desta edição do Meo Marés Vivas, subiram ao palco pela 01h15 para o grande encerramento do festival. No arranque e com grande pujança, “Paint the town green” entusiasmou desde logo a vasta plateia, continuado por um alinhamento já conhecido por muitos, que contou com “Breakeven”, um dos singles mais conhecidos dos irlandeses, e “If you could see me now”. Sem descanso e sem fugir às setlists habituais, prosseguiram a atuação com “The man who can’t be moved”, “Superheroes”, e ainda, “It’s not right for you”, onde o vocalista do trio, Danny O’Donoghue levou o público à loucura, aparecendo na bancada Caixa. Rumo a bom porto, os irlandeses fecharam o último dia deste festival com “Hall Of Fame”, debaixo de uma constelação de luzes de telemóveis no ar, e com a promessa de voltarem a Portugal brevemente.

Terminou assim, em alta, a edição deste ano do MEO Marés Vivas. O lugar já está marcado, a data está definida, para o ano temos Marés Vivas de 14 a 16 de Julho, na beira-rio do Douro.

Liliana Pinto  

Ser Liliana é ser uma mixórdia de coisas, entre elas, Ela.


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