Sónar Lisboa 2025: Uma viagem imersiva pela música eletrónica, arte e tecnologia
Na sua quarta edição em Lisboa, o festival Sónar regressa, em 2025, ao Pavilhão Carlos Lopes. Durante três dias, Lisboa tornou-se o grande palco para a música eletrónica, a multiculturalidade, a arte e finalmente, tornou-se palco para a tecnologia. Entre os dias 11 e 13 de abril, o Parque Eduardo VII e o Pavilhão Carlos Lopes proporcionaram uma intensa viagem no tempo relembrando a velha guarda, mas também abriu espaço para a nova geração de djs e músicos.
Para quem já está familiarizado com este género musical sabe, à partida, que o principal é a experiência imersiva que as batidas repetitivas e sons hipnóticos proporciona. O minimalismo do techno expressa-se sobretudo através de uma atmosfera que foge de melodias complexas e focos vocais, mas que abraça texturas sonoras vibrantes e intensas com compassos bastante firmes. 4 por 4 é a base para um som mecanizado e por vezes sintético que vibra geralmente entre os 120 a 140 BPMs. O desejo de abrir espaço a sonoridades criadas e manipuladas pela tecnologia traz ao techno elementos capazes de levar qualquer um para uma outra dimensão, sem que seja preciso tirar os pés da terra.

Três palcos, três dias, ar livre e espaço interior, o Sónar by day e o Sonar by night trouxe a vários amantes da música eletrónica e também a curiosos, vindos de vários sítios como Portugal, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Bulgária entre outros, figuras marcantes dentro deste universo particular. Underworld encheu o pavilhão, Nina Kraviz vestiu novas influências sonoras, Jeff Mills, Richie Hawtin DeX EFX X0X e The Blaze foram fiéis a eles mesmos. Igualmente se descobriu e aprofundou o conhecimento e reconhecimento entre os artistas emergentes deste panorama musical como KI/KI, ISAbella, JASSS, Or:la, NOIA e Clementaum.


De Barcelona para o mundo, o festival popularizou-se além-fronteiras e hoje em dia tornou-se um espaço que atrai bastante gente. De ano para ano, quem gosta e aprecia ritmos sequenciadores com um toque minimal sabe que o festival Sónar tornou-se paragem obrigatória. Para completar este bolo, não só de música se vive neste evento.


Para além das clássicas bancadas de comes e bebes, também foi possível assistir a três talks acerca de temáticas sobre as novas tecnologias: “Mapping Sonic Scenes”, “Creative Thinking and AI” e “Crafting Visuals in a workshop”. Estas conversas permitiram a leigos e especialista informarem-se e aprofundarem conhecimento acerca deste novo mundo tecnológico que investe na música, no design e no fim, nas pessoas.
No final, apenas queremos que no próximo ano, o Sónar continue a superar expectativas e a investir na qualidade.
Fotos: Organização Sónar Lisboa