12 Jun 2025 a 14 Jun 2025

Primavera Sound Porto (Dia 2): Da serenidade de ANAVITÓRIA ao ‘Mosh’ dos Deftones

Primavera Sound Porto (Dia 2): Da serenidade de ANAVITÓRIA ao ‘Mosh’ dos Deftones

O segundo dia de Primavera Sound foi alvo de alta diversidade musical. Cada canto do Parque da Cidade transbordava de boas energias num dia quase esgotado.

A festa começou com um toque angelical vindo da América do Sul, mais concretamente, de Araguaína, no Brasil. O duo ANAVITÓRIA abraçou o público e fez jus ao ‘hype’ habitual do ato de abertura do Palco Vodafone. O duo de melhores amigas já não é estranho em terras lusas, e mais uma vez, o espectáculo do Primavera Sound Porto não desapontou; curiosamente, como referido pelas mesmas, a cidade do Porto foi o seu primeiro destino musical fora do Brasil. A audiência foi presenteada com grandes hits, como “Trevo (Tu)” e “Lisboa”. Por falar em Lisboa, o duo vai apresentar-se, mais uma vez, em terras lusitanas, mais concretamente, em Lisboa, no dia 15 de Junho.

Mais ao lado, no Palco Super Bock, os Nova Iorquinos Been Stellar deram um super concerto. A banda liderada por Sam Slocum deu espetáculo e fez lembrar grandes lendas do Rock, o público saiu do concerto com uma esperança musical renascida. A banda vem atraindo atenção de várias pessoas e está a conseguir espalhar a sua mensagem de forma eficaz. De momento, os americanos têm percorrido a Europa e o Reino Unido, e, ano passado, protagonizaram o ato de abertura da famosa banda que atuou no primeiro dia do Primavera Sound Porto, Fontaines D.C.

Ainda de Nova Iorque, os TV On The Radio trouxeram a animação ao Palco Vodafone. A sua mistura de jazz com rock e música eletrónica, deixou no ar um clima alegre, com uma vibe “funky”. Os americanos abriram com “Young Liars”, fecharam com “Staring at the Sun”, e ainda enviaram uma selfie com os novos amigos do Porto, para os “amigos da América”.

Aminé surpreendeu, sem sombra de dúvidas, o público português. Desde a entrada em palco bem planeada, à combinação frenética de luzes. O rapper norte-americano veio em digressão apresentar o seu novo álbum, “13 Months of Sunshine”, ao que o mesmo citou: “Quando acabei o concerto em Lisboa, soube imediatamente que o próximo concerto tinha de ser no Porto!”. A acabar o set, o rapper cantou o seu maior hino, “REEL IT IN”, que levou, oficialmente, o público à loucura.

No palco Revolut, celebrou-se o amor de todas as formas. Liniker, a mais recente (porém já com muitos anos de carreira) namoradinha do Brasil, assumiu-se oficialmente numa relação com Portugal. Depois de ter anunciado mais dois concertos em nome próprio para o final deste ano (MEO Arena, em Lisboa, e Super Bock Arena, no Porto), Liniker fez-nos a todos querer correr atrás dela num aeroporto a pedir para ela ficar (entendedores entenderão), enquanto nos apresentava o seu “CAJU”, álbum lançado no verão de 2024. Para um público que gritava a plenos pulmões e cantava cada letra da sua música, cantou CAJU, “VELUDO MARROM”, “ME AJUDE A SALVAR OS DOMINGOS”, “TUDO”, entre outros. O verde Brat (referência à primeira noite de festival) é oficialmente a cor deste verão, e nem a cantora brasileira quis fugir à trend, apresentando-se, juntamente com a sua banda, envergando as cores da esperança.

Em simultâneo, no palco Vodafone, Beach House atuavam pela 17ª vez em Portugal.

Mais tarde, às 23:15, tocava Central Cee, no Palco Porto, mas a loucura encontrava-se no Palco Super Bock, onde atuavam Chat Pile. A banda americana, vinda de Oklahoma trouxe a loucura e o ‘Moshpit’. Foi o aquecimento perfeito para o mega concerto dos Deftones. Os americanos, formados em 2019, tocaram temas do seu álbum mais recente, “Cool World”, como “I Am Dog Now”, “Shame”, mas fecharam o concerto com uma música do primeiro EP “Remove Your Skin Please”, a famosa “Dallas Beltway”.

A fechar o segundo dia de festival, foram os Deftones. Por muitos, aclamado de melhor concerto do festival, a banda comandada por Chino Moreno estabeleceu novos limites, quanto à percepção do que é um bom concerto de metal. A fórmula é simples: Um som de guitarra capaz de furar qualquer tímpano, bateria a alternar entre um lento pesado e velocidade da luz, e uma voz estridente e incansável. Os ícones do Metal apresentaram algumas das suas músicas mais conhecidas e adoradas, abrindo, assim, o seu set com “Be Quiet and Drive (Far Away)” e “My Own Summer (Shove It)”. O regresso dos Deftones a Portugal foi, no mínimo, épico, talvez o melhor dos seus dez concertos no país.

Simultaneamente, Denzel Curry atuou no Palco Revolut e deu o seu primeiro concerto de sempre em Portugal, bem como a banda Fcukers, que pôs um ponto final ao segundo dia de Primavera Sound, às duas da manhã.

Nota da redação: Central Cee e Denzel Curry não se deixaram fotografar pela imprensa; Deftones apenas autorizaram a captação de imagens por alguns meios.


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