Primavera Sound Porto (Dia 1): O som não foi brando, foi BRAT!
O Primavera Sound trouxe, esta quinta, no seu dia de abertura, uma amálgama de sons e géneros musicais capaz de deliciar qualquer amante de música. São esperadas quase cento e cinquenta mil pessoas, ao longo dos 3 dias de festival.
Está de volta um dos festivais com melhor ‘vibe’ no país! Para além da música, o festival prometeu animação e relaxamento, de forma a encontrar os interesses de todo e qualquer “festivaleiro”.
O início do festival acabou, inevitavelmente, por deixar todas as expectativas no céu. Na edição passada (2024), existiram problemas, quanto à organização e segurança, no dia em que atuou Lana Del Rey, que levaram a intervenções inesperadas e alterações dos planos. Nesta edição, o festival prestou muito mais atenção a cada detalhe, a todos os níveis.
O primeiro dia, dominado pelo Indie, arrancou com Surma e o seu ‘Set’ eletrizante, no Palco Super Bock. Mais tarde, Dehd, no Palco Porto, trouxeram a sua sonoridade distinta, e, com ela, encantaram, não só os fãs, como também os que passaram a ser fãs. Nada preparou o público do Primavera Sound para a epifania vinda do Palco Vodafone, às 19:40: Os Glass Beams chegaram e apanharam a plateia de surpresa com o seu som característico e experimental, vindo diretamente de Melbourne!
De Melbourne a Seattle são 19 horas de voo, mas no Primavera, foram apenas 2 minutos a pé, do Palco Vodafone ao Palco Super Bock. Alan Sparhawk deu seguimento à performance dos Glass Beams, com glória. O concerto do americano deixou a audiência boquiaberta.
Os próximos a encantar o enorme Palco Porto foram os ascendentes Fontaines D.C. A banda liderada por Grian Chatten deu espetáculo e entrou pela porta grande no palco principal do festival. Os heróis do Post-Punk abriram com “Romance”, e ainda tocaram “I Love You”, “Starbuster”, entre outros. Assim como a entrada, a saída dos Irlandeses também foi digna de tirar o chapéu, a banda deixou uma mensagem clara e muito forte contra a guerra: “Israel is commiting genocide. Use your voice!”
A última atuação do Palco Porto ficou nas mãos da britânica Charli XCX, que prometeu tudo, e entregou ainda mais. A Set-list da estrela Pop para o concerto da tour “BRAT” consistiu de hit atrás de hit, presenteando, assim, o norte do país, com, “365”, “Von dutch”, “Guess”, e a acabar de forma explosiva, “I Love It”.
A noite acabou com o Rock alternativo dos The Jesus Lizard, no Palco Revolut. A banda americana provou que a noite ainda era uma criança, mesmo depois de Charli XCX, e que o Rock não tem idade nem limites! Os rockeiros já estão na estrada desde 1987 e não está na agenda parar de arrasar os palcos.
O segundo dia de festival promete dar continuidade à animação e à versatilidade, com Deftones, Central Cee, Beach House, e mais!
Nota da redação: Charli XCX não se deixou fotografar pela imprensa.
