Primavera Sound (Dia 3): Fechar a Primavera com chave de ouro
O terceiro (e último) dia completo de Primavera Sound Porto foi recheado de sorrisos e boa música. Os protagonistas principais do dia foram Jamie XX e Turnstile, mas houve, também, surpresas: Nunca Mates o Mandarim deixaram todos a pedir mais.
É verdade! Chegamos ao fim mais uma edição de Primavera Sound Porto, e o último dia completo não ficou atrás dos primeiros 2. É a décima-segunda edição do festival no Porto. A iniciativa nasceu em Barcelona, e, a cada ano que passa, vem-se enraizando, cada vez mais, na cidade Invicta.
O dia de despedida, para muitos, começou no Palco Vodafone, às 16:55, com os ‘tripeiros’ Nunca Mates o Mandarim. Para um concerto de abertura, o Palco Vodafone esteve surpreendentemente cheio, e a banda portuense, não ‘deu trela’ à pressão de abrir um dos maiores palcos do país: A performance foi simplesmente arrebatadora. Os “mandarins” começaram o concerto com “Marie”, tocaram o seu hino “Croché”, e ainda evocaram os grandes clássicos portugueses “Coisinha Sexy” e “A Bela Portuguesa”.
Depois da surpresa, foi hora da festa, David Bruno sabe, e muito bem, como animar um público. O cantor atuou no Palco Revolut ao fim da tarde e levou a plateia ao ‘Inatel’.
Enquanto uns se divertiam ao som de David Bruno, no Palco Revolut, outros esperavam Kim Deal, no Palco Porto. A famosa ex-baixista dos Pixies maravilhou o público com “Crystal Breath”, “Nobody Loves You More”, mas foi a última música que conquistou todos os corações: A cantora presenteou o público com “Gigantic”, da sua ex-banda.
De seguida, um dos concertos mais esperados do dia, no Palco Vodafone, os Parcels vão deixar saudades, e a sua convidada especial vai deixar “saudade, saudade”. A portuguesa MARO surpreendeu e arrasou. Juntos, cantaram o tema da sua autoria “Leaveyourlove”. Além disso, a banda tocou temas especiais como “Overnight”, que foi produzido pelos lendários Daft Punk.
A banda que sucedeu os australianos esteve à altura, Wet Leg, de Rhian Teasdale e Hester Chambers deu um espetáculo elétrico, que misturou o rock e a sensualidade. Amplificadores em cima, sol quase em baixo, e um Palco Porto muito bem composto, tanto por pessoas, como por boas vibrações. A banda acordou o público portuense com um grito selvagem e também o aqueceu com os seus riffs.
O céu estava oficialmente escuro, e o Palco Vodafone estava a ser dividido irmãmente. Eram cerca das 22:15 quando as 3 irmãs HAIM fizeram do seu concerto uma bonita celebração musical que foi decorada pelo novo álbum “i quit”, que sai no dia 20 de junho.
Ao mesmo tempo, tocavam Squid, no Palco Revolut, naquela que foi a terceira vez da banda em Portugal, e a segunda no Primavera Sound Porto.
Vindos de Chicago, os Cap’n Jazz trouxeram o ‘emo’ ao Porto. O Palco Super Bock esteve quase cheio e a performance dos americanos deixou o público surpreso. Desde 1989, os irmãos Tim e Mike Kinsella mantém a química e exploram sonoridades inovadoras. Foram tocados os seus êxitos “Oh Messy Life” e o famoso cover “Take On Me”.
Jamie XX fechou, oficialmente, o Palco Porto com um DJ Set cheio de energia.
Turnstile era um dos nomes mais aguardados do festival e uma das bandas mais entusiasmantes da sua geração. A banda de Baltimore chegou com tudo e foi recebida de braços abertos por uma das maiores plateias do festival. Moshpit em brasa e crowdsurfing profissional, são dois elementos que não falharam no currículo dos fãs portugueses. Turnstile fizeram com que quem os ouvisse, se sentisse totalmente livre, um sentimento fundamental na sua sonoridade e filosofia. Apresentaram singles do recém editado e aclamado pela crítica, “Never Enough”, e fan favourites. Turnstile Love Connection, para sempre!
Para fechar a terceira noite de festival, os Capitão Fausto e Floating Points, nos palcos Revolut e Vodafone, respetivamente, foram chamados ao trabalho e não desapontaram.
Conclui-se, assim, mais uma edição do Primavera Sound Porto, cheia de sucesso, boa vibe e animação.
Nota da redação: HAIM não se deixaram fotografar pela imprensa.