Nininho Vaz Maia esgotou a maior sala do país. E agora?
Em 2021, Nininho Vaz Maia profetizou que um dia subiria ao palco da MEO Arena. Em março de 2025, não só concretizou esse sonho como esgotou duas noites consecutivas na maior sala de espetáculos do país.
A noite iniciou-se com uma energia vibrante, ao som de Bebé e Bailando, estabelecendo de imediato uma ligação intensa com o público que recebeu o artista cigano de braços abertos. O alinhamento incluiu sucessos como Metamorfose, Estou Chateado, Teus Beijos e Suena Que Suena, temas que demonstram a versatilidade do cantor.
A primeira surpresa surgiu com Despertar, momento em que Nininho convidou ao palco Vitória e Alicia, jovens talentos do The Voice Kids, programa onde atuou como mentor. A emoção intensificou-se com a entrada de Ângelo Freire, cuja guitarra portuguesa enriqueceu as interpretações de Noiva e A Mi Manera, criando um dos momentos mais marcantes do concerto.
Demonstrando o seu apreço pela família, Nininho trouxe a avó ao palco, cantou ao lado dos filhos e prestou uma homenagem ao irmão e ao sobrinho, ambos polícias, num momento que emocionou a audiência. A verdade é que ao longo de todo o espetáculo sentimos uma energia muito familiar, até tivemos direito a ver uma mudança de roupa em cima do palco.
O concerto, com três horas de duração, manteve uma energia elevada. Contudo, a tentativa de incluir o máximo de músicas possível resultou, por vezes, numa menor profundidade em algumas interpretações. Ainda assim, a conquista da MEO Arena em tão curto espaço de tempo é notável, considerando que o seu álbum de estreia foi lançado há apenas quatro anos.
A noite culminou com Calón, um tributo às suas raízes ciganas, encerrando o espetáculo emotivamente e reafirmando a sua identidade artística, naquela que foi mais uma noite de consagração de Nininho. E claro, tudo isto de pé descalço.