Furacão “Tate McRae” apanha Lisboa de surpresa na MEO Arena
A cantora Canadiana, de apenas 21 anos, conquistou esta quarta-feira, dia 7, Portugal, pela segunda vez.
Tate McRae é a sensação do momento. É a definição da palavra popstar no seu estado mais puro. A cantora, de apenas 21 anos, protagonizou, na última quarta-feira, um dos concertos mais eletrizantes do ano, em território português.
Na sua segunda passagem por Portugal, Tate McRae trouxe à MEO Arena “Miss Possessive Tour”, onde apresentou os seus maiores hits e temas do novo álbum. O espetáculo dividiu-se em quatro actos e teve início com a canção homónima ao álbum, seguindo-se de No I’m not in Love, 2 hands e guilty conscience.
Com uma temática de “construção civil”, o palco megalómano e com uma produção de se lhe tirar o chapéu, destacou-se pela inclusão de todo o público: a estrutura era alta, com várias plataformas que regularmente se elevavam, e câmaras a acompanhar todo o espetáculo, mesmo quando Tate (ou Tatiana – o seu alter-ego em palco – como carinhosamente o público ecoava a altas vozes) desaparecia da vista de todos e aparecia a actuar, por diversas vezes, debaixo do palco.
Purple lace bra, Like I do e Dear God foram alguns dos temas ouvidos no segundo acto deste concerto, numa altura em que o outfit da artista já não era o mesmo do início. Por entre danças, correrias na passadeira do palco e coreografias exímias, não houve tempo para pausas ou momentos mortos durante segmento.
Para o terceiro acto, Tate desaparece durante uns minutos aparecendo mais tarde de surpresa no meio da plateia, que foi premiada com um momento especial: a cantora aproximou-se do público num segmento mais intimista, em que, num “mini” palco redondo, no meio de todos, cantou alguns temas na companhia do seu teclado, e ainda estreou, ao vivo, o tema Nostalgia, proporcionando um momento íntimo e um lado mais vulnerável com todos os presentes.
O quarto acto despede-se de intimismos e regressa com a artista a cantar alguns dos temas mais esperados: exes, Revolving door – que terminou com uma contagem de um minuto nos ecrãs gigantes, durante o qual a cantora simplesmente se sentou a absorver o momento (referência a uma parte da música em que ouvimos “I’m supposed to be an adult, but fuck it, I need a minute”) – e It’s ok I’m ok.
A ascensão da jovem artista é impressionante, tendo a Internet aos seus pés. Os concertos de Tate McRae contam com um investimento soberbo na produção, tornando os seus eventos, desta forma, uma experiência inesquecível para qualquer espectador. A sua banda encantou o público com cada nota, e os seus dançarinos conseguiram contagiar toda a gente a cada movimento que faziam. Além de um simples concerto de música, é um espetáculo em diversos aspetos.
Mas não seria um concerto completo sem encore com hits: Sports car e greedy deram o mote para o fim do concerto, onde os decibéis facilmente excediam o permitido por lei (e aqui falamos da potência vocal dos fãs e não do som da MEO Arena).
As comparações com Britney Spears são quase impossíveis de contornar: desde o guarda-roupa, às danças milimetricamente coreografadas, esta que é considerada uma das princesinhas da pop do momento, tem muitas semelhanças com a princesa dos anos 90, mantendo-se fiel a si mesma. Não é uma nova Britney Spears, é a própria Tate McRae.
O ato de abertura do concerto contou com um ‘set’ animado e dinâmico, por parte da convidada especial BENEE, vinda da Nova Zelândia, que cantou grandes sucessos da sua autoria que marcaram a Internet, como “Supalonely” e “Afterthought”, que explodiram, graças à facilidade de “digestão” destas canções, e também ao empurrão que o TikTok lhes deu.
A “Miss Possessive Tour” arrancou na Cidade do México, no passado dia 18 de março, e, pouco a pouco, vai percorrer a totalidade do Globo. A digressão está programada para finalizar no dia 8 de novembro de 2025, em Inglewood, nos EUA.
Fotografia: © Elizabeth Saravo / Tate McRae